sexta-feira, 26 de março de 2010

VÍDEO: Nesse Social Clube conheça o Parque dos Sonhos. Entre no mundo dos "Zezinhos". Os vencedores do Prêmio Causos do ECA e os Núcleos Jovem do IEE




por Redação Social Clube
Ver original http://espnbrasil.terra.com.br/socialclube/noticia/99789_VIDEO+NESSE+SOCIAL+CLUBE+CONHECA+O+PARQUE+DOS+SONHOS+ENTRE+NO+MUNDO+DOS+ZEZINHOS+OS+VENCEDORES+DO+PREMIO+CAUSOS+DO+ECA+E+OS+NUCLEOS+JOVEM+DO+IEE
Fique ligado, porque a temporada 2010 está começando e o Social Clube tem mais um programa na internet pra você.

Nesse Social Clube você vai conhecer o Parque dos Sonhos. Em socorro, a 130 km da capital São Paulo, o Parque serve de modelo e junto com a ONG Aventura Especial, que trabalha para a inclusão de mais de 26 milhões de pessoas no Brasil com algum tipo de deficiência, deu o primeiro passo. No Projeto Aventureiros Especiais, em convênio com o Ministério do Turismo, a idéia é ampliar as possibilidades de lazer com segurança através do esporte de aventura.
Dadá Moreira é um desses eternos aventureiros. Cheio de histórias para contar, já pulou de paraquedas sob as lentes da ESPN e mostrou para o Social Clube que o Turismo de Aventura trouxe um novo significado a vida de muita gente. Idealizador do projeto, acredita no direito de ir e vir para todos.
Um milhão e meio de pessoas moram na zona sul de São Paulo. Na cidade mais populosa da América Latina, a periferia luta pelos direitos, pela educação, pelo lazer. Para retratar as histórias desse lugar, a Casa do Zezinho resolveu tirar a essência da realidade das favelas e lançou no final de 2009 “Zezinhos”. O livro é uma visão conduzida pelos verdadeiros Zezinhos. Uma leitura da vida, no dia a dia desses meninos e meninas
Saiba mais sobre os núcleos de jovens, do IEE - Instituto Esporte e Educação. No início, o foco era a criança, mas com o tempo, as crianças cresceram. Foi aí que, em 2004, o IEE começou a pensar e a colocar em prática projetos direcionados ao jovem.
E o prêmio “Causos do Eca” mostra a vivência de brasileiros que descobriram soluções no estatuto da criança e do adolescente. O prêmio de 2009 foi entregue na sala São Paulo, e teve uma novidade. Vídeos de todo o Brasil também foram avaliados. “Transformando vidas”, do diretor Ricardo Paiva, ficou com o primeiro lugar na categoria “ECA - Instrumento de Transformação”. Na seleção de texto, Sueli Pereira em “Um Sonho pelo Direito Garantido” levou a primeira colocação. Na categoria “ECA na Escola”, “A Aula de Ana Lúcia”, de Talitha Barbosa foi o grande vencedor. E com o vídeo “A Vida é uma Invenção”, Mariana Miceli ficou em primeiro lugar.
Social Clube, Jornalismo Integrado ao Desenvolvimento Humano

quinta-feira, 25 de março de 2010

Brasil apresenta experiência em turismo acessível em Moçambique

Publicada em 17 de março de 2010 - 10:15
Imagem Arquivo Aventura Especial

Dadá Moreira e Scott Rains - Moçambique

O Ministério do Turismo (MTur) Representado pela ONG Aventura Especial e José Fernandez apresentou, em Maputo, capital de Moçambique, a experiência brasileira em acessibilidade para o turismo. Essa apresentação foi realizada durante o Seminário Regional de Acessibilidade e Meio Ambiente, realizado no início deste mês com a participação de mais de 20 países de língua portuguesa.


Dadá Moreira (Aventura Especial)

“O Ministério desenvolve uma série de projetos voltados para a inclusão no turismo das pessoas com deficiência. Já temos casos de sucesso que podemos mostrar ao mundo, como o de Aventura Especial na cidade de Socorro, em São Paulo”, conta o diretor do Departamento de Estruturação e Ordenamento Turístico, Ricardo Moesch, que representou o MTur no evento.
Socorro (SP) é um dos destinos turísticos que fazem parte do projeto 10 Destinos Referência em Segmentos Turísticos do MTur. O projeto de adaptação de meios de hospedagem, restaurantes e atrativos turísticos da cidade para pessoas com deficiência também foi apresentado na África.

José Fernandes Franco

“Em 2009, houve um aumento de 20% nas operações de Turismo de Aventura em Socorro, com relação a 2008”, afirma o diretor do Conselho de Turismo do município, José Fernandes Franco, confirmando o sucesso do projeto. A cidade chamou atenção também dos organizadores da Copa de 2014 e das Olimpíadas 2016, eventos que exigem cumprimento de normas de acessibilidade nas instalações esportivas.
O MTur distribuiu para os participantes do evento as quatro cartilhas que compõem a coleção “Turismo Acessível”. Cada volume é dedicado a um tema: “Introdução a uma Viagem de Inclusão”; “Mapeamento e Planejamento – Acessibilidade em Destinos Turísticos”; “Bem Atender no Turismo Acessível” e “Bem Atender no Turismo de Aventura Adaptada”. Foi um sucesso!



Fonte: EcoViagem

Projeto de aventura especial e adaptação de equipamentos turísticos para pessoas portadoras de deficiência estão entre as prioridades do governo

Projeto de aventura especial e adaptação de equipamentos turísticos para pessoas portadoras de deficiência estão entre as prioridades do governo


Dadá Moreira e Ricardo Moesch

15 de Março de 2010. Publicado por Equipe EcoViagem
Ver original http://ecoviagem.uol.com.br/noticias/turismo/acessibilidade-no-turismo/mtur-apresenta-experiencia-de-acessibilidade-na-africa-11528.asp

O Ministério do Turismo (MTur) apresentou, em Maputo, capital de Moçambique, a experiência brasileira em acessibilidade para o turismo. Foi no Seminário Regional de Acessibilidade e Meio Ambiente, realizado no início deste mês com a participação de mais de 20 países de língua portuguesa.
“O Ministério desenvolve uma série de projetos voltados para a inclusão das pessoas com deficiência no turismo. Já temos casos de sucesso que podemos mostrar ao mundo, como o de Aventura Especial na cidade de Socorro, em São Paulo”, conta o diretor do Departamento de Estruturação e Ordenamento Turístico, Ricardo Moesch, que representou o MTur no evento.
Socorro (SP) é um dos destinos turísticos que fazem parte do projeto 10 Destinos Referência em Segmentos Turísticos do MTur. O projeto de adaptação de meios de hospedagem, restaurantes e atrativos turísticos da cidade para pessoas com deficiência também foi apresentado na África.
“Em 2009, houve um aumento de 20% nas operações de Turismo de Aventura em Socorro, com relação a 2008”, afirma o diretor do Conselho de Turismo do município, José Fernandes Franco, confirmando o sucesso do projeto. A cidade chamou atenção também dos organizadores da Copa de 2014 e das Olimpíadas 2016, eventos que exigem cumprimento de normas de acessibilidade nas instalações esportivas.
O MTur distribuiu para os participantes do evento as quatro cartilhas que compõem a coleção “Turismo Acessível”. Cada volume é dedicado a um tema: “Introdução a uma Viagem de Inclusão”; “Mapeamento e Planejamento – Acessibilidade em Destinos Turísticos”; “Bem Atender no Turismo Acessível” e “Bem Atender no Turismo de Aventura Adaptada”. Foi um sucesso!
Fonte: MTur

quarta-feira, 24 de março de 2010

Destino referência em Turismo de Aventura Especial receberá visita da Secretaria Especial da Copa 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016

Publicado em  01 março 2010 por Evento em Foco
Ver original http://eventoemfoco.wordpress.com/2010/03/01/destino-referencia-em-turismo-de-aventura-especial-recebera-visita-da-secretaria-especial-da-copa-2014-e-dos-jogos-olimpicos-de-2016/
Em março, representantes da Secretaria Especial da Copa 2014 e Rio 2016 farão uma missão técnica em Socorro (SP) para conhecer a implementação da acessibilidade nos meios de hospedagem, restaurantes e atrativos turísticos. A visita deverá durar dois dias, em data ainda a ser definida. Também estarão presentes representantes do MTur, Sebrae e da Federação Nacional das Associações de Valorização da Pessoa com Deficiência.
Desde 2006, o município de Socorro (SP) está sendo estruturado, com apoio do Ministério do Turismo (MTur), para ser referência no segmento de Turismo de Aventura Especial, por meio do projeto Socorro Acessível, no âmbito do projeto Destinos Referência em Segmentos Turísticos. A cidade também está inserida no programa Aventura Segura, desenvolvido em parceria com a Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta) e o Sebrae, que é voltado para o fortalecimento, qualificação e estruturação do Ecoturismo e Turismo de Aventura no Brasil.
Na oportunidade, os integrantes da missão também farão atividades adaptadas e participarão de um “jantar às cegas”, que vai simular a refeição de um deficiente visual. A iniciativa deverá contribuir para que os dois eventos mundiais estejam preparados para receber os visitantes com necessidades especiais.



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terça-feira, 23 de março de 2010

CIDADE DO INTERIOR DE SAO PAULO ADAPTA TURISMO DE AVENTURA PARA INCLUIR PPNE

quarta-feira, 9 setembro, 2009 - 14:25


Mais de 20 anos após a Constituiçao Cidada de 1988, o Município de Socorro, no interior de Sao Paulo, em parceria com o Ministerio do Turismo, assumiu a missão de tornar-se o primeiro destino turístico no país apto a incluir os portadores de necessidades especiais no seu quadro de visitantes.
A ONG Aventura Especial, em parceria com o Ministério do Turismo, elaborou o projeto Aventureiros Especiais, e reunindo pessoas com necessidades físicas, sensoriais, mentais e múltiplas, realizaram testes em diversas modalidades de esportes de aventura tais como rapel, rafting, tirolesa, bóia-cross, acqua-ride e off-road com o intuito de apurar as necessidades de adaptações e condutas a serem seguidas pelos profissionais do turismo.
Acompanhados por uma equipe multidisciplinar de treze profissionais, entre integrantes da ONG Aventura Especial, fisioterapeutas, médicos e voluntários, foram identificadas as adaptações necessárias para incluir este publico especial na prática destas atividades outrora exclusivas para aventureiros em plenas condições físicas, sensoriais e mentais.
Além das adaptações físicas, como o desenvolvimento de uma cadeirinha para técnicas verticais e um colete e uma cadeira para o bote de rafting (específicos para pessoas sem mobilidade no tronco) também foram criadas condutas e procedimentos de comunicação alternativa, para interagir com as pessoas com necessidades sensoriais antes e durante as atividades.
Com o objetivo de disseminar os conhecimentos adquiridos com todas estas experiências e implantar as adaptações em outros destinos, a Aventura Especial oferece palestras e cursos de capacitação.
Mais informações



Contato para entrevista com Dadá Moreira Cel 11 99462593 ou contato@aventuraespecial.org.br

Aventura Especial www.aventuraespecial.org.br
Informações adicionais com:
Comissão de Acessibilidade - 9610 0623
Prefeitura Municipal de Socorro - Contato no Rodapé
AVAPE - 11 - 9533 2608
ONG - Aventura Especial - 11 - 9946-2593
COMTUR - Socorro - 3855 9600
ACE - Associação Comercial de Socorro - 3895 3044



Comissão de Acessibilidade de Socorro

Prefeitura Municipal da Estância de Socorro
Projeto Socorro Acessível
Av. José Maria de Faria, 71 - Bairro Bruna Maria
Socorro - SP - CEP 13960-000 - Fone: 19 3855 9600 - Fax: 3895 3304
socorroacessivel@socorro.sp.gov.br - www.socorro.sp.gov.br
Fonte: http://www.cidadedesocorro.com.br/aventuraespecial.asp
Pesquisado pela voluntária online Vivian Cintra, advogada, 07 de Setembro de 2009.

ONG AVENTURA ESPECIAL E MINISTÉRIO DO TURISMO IDENTIFICAM ADAPTAÇÕES PARA INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA NO TURISMO DE AVENTURA

Ver original http://www.bas.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=142&Itemid=113


A ONG Aventura Especial (www.aventuraespecial.org.br) trabalha para a inclusão de mais de 26 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, só no Brasil, no fascinante mundo do ecoturismo e do turismo de aventura.
O primeiro passo foi dado graças à realização do projeto Aventureiros Especiais, em convênio com o Ministério do Turismo, quando foram feitos vários testes de campo reunindo pessoas com deficiências física, sensorial, mental e múltipla. Entre eles, um amputado, um paraplégico, um tetraplégico, um visual, um surdocego, um com paralisia cerebral, um atáxico e um com Síndrome de Down. Todos praticaram modalidades de aventura, como rapel, rafting, tirolesa, bóia-cross, acqua-ride e off-road, com o intuito de apurar as necessidades de adaptações e condutas a serem seguidas pelos profissionais do turismo.
Acompanhados por uma equipe multidisciplinar de treze profissionais, entre integrantes da ONG Aventura Especial, fisioterapeutas, médicos e voluntários, foram levantadas as adaptações necessárias para viabilizar a prática das atividades por esse imenso público até então abandonado.
Além das adaptações físicas, como o desenvolvimento de uma cadeirinha para técnicas verticais e um colete e uma cadeira para o bote de rafting (específicos para pessoas sem mobilidade no tronco), também foram criados condutas e procedimentos de comunicação alternativa para interagir com as pessoas com deficiências sensoriais, antes e durante as atividades.
A formatação desse novo produto turístico adaptado representa um estudo de campo inédito, que fará do Brasil referência internacional de turismo de aventura adaptado, acredita o jornalista e fotógrafo Dadá Moreira, fundador e presidente da ONG.
Os testes foram realizados na cidade de Socorro, a 130 km da capital, que será o primeiro destino totalmente adaptado do país, servindo de modelo para que outros municípios se adaptem. Além das atividades e pontos turísticos, a estância também está adaptando sua infra-estrutura de produtos e serviços.
Com o objetivo de disseminar os conhecimentos adquiridos com todas essas experiências e implantar as adaptações em outros destinos, a Aventura Especial oferece palestras e cursos de capacitação para ensinar os procedimentos adequados para um receptivo que possa atender esse novo nicho de mercado com qualificação. Para solicitar basta enviar um e-mail para contato@aventuraespecial.org.br
Mais informações acesse: www.aventuraespecial.org.br.

Caso de sucesso em aventura especial

Noticias



Tradicional roteiro de turismo de aventura paulista, a Estância Hidromineral de Socorro, a 132 quilômetros de São Paulo, está em vias de se tornar o principal destino de aventura especial do Brasil. No início de 2009, a cidade localizada no Circuito das Águas, vai ganhar equipamentos públicos adaptados para a recepção e prestação de serviços adequados aos portadores de deficiências físicas e motoras.


Tradicional roteiro de turismo de aventura paulista, a Estância Hidromineral de Socorro, a 132 quilômetros de São Paulo, está em vias de se tornar o principal destino de aventura especial do Brasil. No início de 2009, a cidade localizada no Circuito das Águas, vai ganhar equipamentos públicos adaptados para a recepção e prestação de serviços adequados aos portadores de deficiências físicas e motoras.
Socorro é um caso de sucesso do projeto de Estruturação de 10 Destinos Referência em Segmentos Turísticos, do Ministério do Turismo. Com investimento de R$ 1,5 milhão estão sendo adaptados calçamentos e construídos banheiros e rampas de acesso para cadeirantes, demarcadas vagas de estacionamento para motoristas especiais e instalados semáforos sonoros para deficientes visuais. São benfeitorias em curso em nove pontos da cidade, como o Horto Florestal, o Centro de Eventos, o centro histórico e o Palácio das Águias, sede do governo municipal.
O projeto contempla também a adaptação para a prática de esportes e outras atividades. Tirolesa, arvorismo, rapel, fora-de-estrada, caminhada de curta duração, cavalgada, rafting, são algumas delas. “É muito gratificante ver um pequeno projeto de inclusão social, voltado para atender a pessoas com deficiência, se desenvolver e transformar o município em um destino acessível universalmente”, comemora a diretora do Departamento de Articulação, Estruturação e Ordenamento Turístico do MTur, Tânia Brizolla.
Depois de quatro anos de trabalho, Socorro chega ao final de 2008 com um número crescente de hotéis, restaurantes e logradouros públicos adaptados ou em fase de adaptação. Estimulados pelo projeto do MTur, empresários locais investiram para transformar seus negócios. É o caso dos hotéis-fazenda Campos dos Sonhos e Parque dos Sonhos, que recebem em torno de 12 mil visitantes por ano. Depois das adaptações, iniciadas no ano passado, as taxas mensais de ocupação nos dois empreendimentos tiveram incremento de até 45%. Os portadores de deficiência já representam 8% da freqüência.
O trabalho realizado nos dois empreendimentos rendeu ao proprietário José Fernandes Franco o Prêmio Superação Empresarial 2008 – Categoria Serviços de Turismo, promovido pelo Sebrae/SP e outras entidades. “Os auditores do prêmio disseram que o fator de maior peso na avaliação dos hotéis foi a adaptação para receber deficientes”, contou o empresário. A um custo de R$ 300 mil, Franco equipou seus hotéis com telefones para surdos, cardápios e placas em braile, pisos e rampas de acesso. Além disso, os cem funcionários passaram por programas de qualificação promovidos pelo MTur.
O destino de Socorro vem sendo traçado pela parceria entre os governos federal, estadual e municipal, empresas e entidades do terceiro setor. Por isso, o projeto é considerado um caso de sucesso. “O ministério investiu em obras, capacitação, implementação de normas técnicas, formação de grupos de gestão. O município agora tem autonomia e conta com uma rede de parceiros capaz de fazer o gerenciamento deste processo de estruturação”, diz Tânia Brizolla.
O projeto Socorro Destino Referência em Turismo Especial é uma parceria entre o MTur, o Instituto Casa Brasil de Cultura (ICBC), a prefeitura local e a Associação para Valorização e Promoção de Excepcionais e Associação Brasileira de Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta). A expectativa é que o projeto avance em 2009, ampliando as possibilidades de atendimento a tipos de deficiências ainda não contemplados. Socorro será também um dos produtos em exposição no Salão do Turismo 2009 e objeto de campanha de promoção direcionada ao consumidor de aventura especial.

Aventura Especial: Socorro - SP

Estado(s): São Paulo.
Tema(s): Aventura.
Terça-Feira, 6 de Março de 2010
Ver original http://www.turismobrasil.gov.br/promocional/roteiros/aventura_especial_socorro.html




Um paraíso do ecoturismo e do turismo de aventura encravado na Serra da Mantiqueira. Essa é a cidade de Socorro, integrante do Circuito das Águas Paulista, por possuir inúmeras fontes de águas minerais e propriedades medicinais. Além de todas as atrações naturais, a cidade ainda possui um considerável patrimônio histórico e cultural.
Outra coisa que merece destaque: o cuidado e o planejamento para as pessoas com deficiência. Numa iniciativa pioneira, o projeto Aventureiros Especiais, desenvolvido pela ONG Aventura Especial em conjunto com o Ministério do Turismo, criou diversas modalidades de turismo de aventura para esse público. Em decorrência dessas ações, outros projetos surgiram, como é o caso do projeto Socorro Acessível, que promoveu a adaptação de calçadas e edifícios públicos, proporcionando o acesso desses turistas com deficiência aos principais pontos da cidade. Essas iniciativas e a oferta de equipamentos adaptados para a prática do turismo de aventura deram um diferencial para Socorro, tornando-a assim uma referência no Brasil no segmento aventura especial

segunda-feira, 22 de março de 2010

Socorro obtém destaque na oitava edição da Adventure Sports Fair

Socorro, sexta-feira, 01 de setembro de 2006
Jornal Oficial de Socorro

Pagina 4
Turismo
Ver original  http://www.socorro.sp.gov.br/up_anexos/1920064130Jornal%20Oficial%20de%20Socorro-Edi%C3%A7%C3%A3o%20N%C2%BA7.pdf



Mais uma vez Socorro participou com destaque da Adventure Sports Fair, maior feira da América Latina no mercado de esportes e turismo de aventura, realizada de 23 a 27 de agosto, na Bienal do Ibirapuera, em São Paulo. Em sua oitava edição, que registrou cerca de 70 mil visitantes, a cidade esteve presente através de uma parceria da Prefeitura Municipal, Comtur – Conselho Municipal de Turismo, agências e operadoras de turismo de aventura, hotéis, pousadas,turismo de compras, bares, restaurantes e serviços. Especialmente para o evento foram confeccionados e distribuídos novos folders e realizados sorteios de oito atividades de esportes de aventura. Além da divulgação da Estância como destino turístico, a cidade foi destaque no 3º Simpósio de Certificação em Turismo de Aventura, através da participação da Ong Aventura Especial, que divulgou Socorro como cidade sede do projeto piloto que incentiva a prática de esportes de aventura a portadores de necessidades especiais - PNEs.
Na palestra ‘Turismo de Aventura e Acessibilidade – Projeto Aventureiros Especiais’, Dadá Moreira, fundador da Ong, lembrou que o Brasil possui cerca de 24,5 milhões de pessoas portadoras de deficiência física e que a Ong, em parceria com o Ministério do Turismo, pretende promover a inclusão desse público nas atividades de ecoturismo e turismo de aventura. Para ilustrar o trabalho em desenvolvimento, foi exibido um vídeo com diversas etapas do projeto, realizadas desde 2005 em Socorro, incluindo o depoimento de praticantes e empresários, que cederam suas bases de aventura e promoveram apoio logístico para a prática de esportes como arborismo, trilha de jipe, rafting, bóia cross, tirolesa e rapel, demonstrando total interesse em adaptar seus espaços e pessoal à recepção dos deficientes físicos. A Prefeitura de Socorro também vem adaptando suas obras às normas de acessibilidade a PNEs. No encerramento, Dadá Moreira afirmou que “Em Socorro, o que estamos vendo é que os empresários e a Prefeitura estão com boa vontade e, se Deus quiser, Socorro vai ser a cidade modelo para todos os municípios, trazendo turistas nacionais e estrangeiros que buscam um destino adaptado. O esforço em conjunto vai ser bom para a cidade, para os empresários, para todo mundo”.
A Adventure Sports Fair se consolidou como o maior pólo de negociações do mercado de aventura no país, voltado ao trade e ao público em geral. Segundo a organização do evento, a estimativa é de que esta edição gere um volume de negócios na casa de R$ 90 milhões, 6% superior ao registrado no último ano.

10/02/2010- ONG Aventura Especial / Socorro – SP

Visite maonarodablog.com.br

Eduardo Camara





Socorro é uma pequena cidade do interior de São Paulo conhecida por oferecer diversas oportunidades para a prática de esportes de aventura como mountain biking, rafting, trekking e arborismo, entre outros. Tá, mas o que um cadeirante vai fazer num lugar desses? Graças à iniciativa da prefeitura local, empresários e da ONG Aventural Especial, MUITA COISA!
A ONG, presidida por Dadá Moreira – ele mesmo pessoa com deficiência – e especializada em promover a prática de esportes de aventura adaptados, prestou consultoria à cidade de Socorro para que diversos locais e atividades pudessem ser adaptadas. O resultado é simplesmente fantástico e percebido antes mesmo de chegar à cidade. Na estrada, já há placas com o símbolo de acessibilidade, mostrando que o destino é acessível. O portal de entrada da cidade, onde há um centro de informações turísticas, tem rampas e diversas vagas de estacionamento especiais bem demarcadas. Para hospedagem, há ainda uma boa quantidade de hotéis com quartos adaptados.
O projeto que melhorou a acessibilidade em Socorro teve patrocínio, também, do Ministério do Turismo. Para você saber mais sobre Socorro e também sobre o trabalho da ONG Aventural Especial, colocamos alguns vídeos logo abaixo.



ONG Aventura Especial


www.aventuraespecial.org.br
Fonte: maonarodablog.com.br

Primeiros passos para a acessibilidade


Para a edição de 2009, a Adventure Fair começa a se adaptar para receber pessoas com deficiências físicas




Na edição deste ano da Adventure Fair - que acontece entre 10 e 13 de setembro de 2009 - algumas ações serão realizadas para que o evento seja gradativamente acessível às pessoas que têm alguma deficiência física.

“Além de existir uma lei federal que obriga todos os espaços públicos a se adaptarem à acessibilidade, na verdade tomamos essas medidas ao sabermos que 13% dos brasileiros possuem algum tipo de deficiência que atrapalha na locomoção”, explica Sérgio Franco, sócio-fundador do evento.
Algumas dessas transformações na montagem da feira favorecem aos cadeirantes: haverá balcões de atendimento e entrada preferenciais, também alguns banheiros acessíveis e sinalizados e orelhões acessíveis.
Também existirá um orelhão para surdos (TPS) e sinalização em braile na porta do pavilhão para os deficientes visuais e em todos os banheiros. No percurso da feira, haverá piso tátil alerta/direcional, indicando a presença de mapa tátil naquele ponto.
No estacionamento do pavilhão e nas praças de alimentação haverá lugares reservados para deficientes.
Algumas atrações poderão receber deficientes, como a tirolesa e uma trilha com carrinho acessível, passeio de bike adaptada, passeio de charrete adaptada e sorteios de cursos gratuitos de navegação para pessoas com deficiências (veja regulamento clicando aqui).
Ainda haverá mostra de equipamentos adaptados para a prática da aventura e estandes de ONGs relacionados ao tema. E na Praça dos Aventureiros, espaço de eventos da feira, haverá a presença de esportistas com deficiências físicas, contando suas experiências de vida.
“Também estamos fazendo um trabalho de recomendação aos expositores para que adaptem seus estandes em prol dessas pessoas, como por exemplo, colocando rampas de acesso aos cadeirantes”, conta Sérgio.
Ele também explica que em 2009 o evento ainda não vai conseguir ser 100% acessível (por exemplo, nem todos os estandes estarão adaptados), mas que o objetivo é este para as próximas edições.
As ações de acessibilidade na feira têm parceria da Avape, Revista Sentidos, Casa do Braille, Iape, Koller, Vanzetti, Instituto Via Viva, Parque dos Sonhos, Hotel Campo dos Sonhos e consultores, como Edison Passafaro e Dadá Moreira.

Turismo - Uma Ferramenta de Inclusao


UNIVERSIDADE SEVERINO SOMBRA CURSO DE TURISMO TURISMO ACESSÍVEL - UMA FERRAMENTA DE INCLUSÃO
Luciana Oliveira Henriques

VASSOURAS 2009


UNIVERSIDADE SEVERINO SOMBRA CURSO DE TURISMO TURISMO ACESSÍVEL - UMA FERRAMENTA DE INCLUSÃO


Luciana Oliveira Henriques


Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado ao Curso de Turismo da Universidade Severino Sombra, para obtenção do grau de bacharel. Orientador: Prof. Márcio Nami VASSOURAS/RJ 2009

RESUMO: Abordar a questão das pessoas que tem algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida, e que, por causa de suas limitações e da falta de estrutura de pontos turísticos, hotéis, restaurantes, entre outros estabelecimentos ligados a área, acabam sendo excluídas da prática do turismo. O intuito deste artigo é analisar a valorização da atividade turística como um processo de inclusão social, a partir da percepção de que cidades adaptadas recebem muito mais turistas. De acordo com Vergara (2000), esta investigação se classifica quanto aos fins como exploratória e descritiva. Quanto aos meios, a pesquisa será bibliográfica, de campo e documental, já que foram realizadas em livros, leis e também em campo através de dois questionários semi-estruturados. Para a definição de acessibilidade, utiliza-se o conceito da Associação Brasileira de Normas Técnicas -ABNT. Paralelamente reflete sobre a temática da acessibilidade turística utilizando as definições ditadas por SASSAKI e SCHWARZ & HABER. Os resultados destacam que cidades adaptadas melhoram a qualidade de vida da população local, além de atrair maior número de turistas e, sendo a inclusão social conseqüência desse processo. Palavras Chave: Turismo, acessibilidade, inclusão.

ABSTRACT: Accost the question of the people who have some type of disability or reduced mobility, and that because of its limitations and the failure of the structure on touristic points, hotels, restaurants and other establishments related to the area, end up been excluded of the practice of the tourism. The purpose of this article is to analyze the valorization of the tourism activity as a process of social inclusion, from the perception that adapted cities receive much more tourists. According to VERGARA (2000), this research is classified as to the purposes as exploratory and descriptive. As for the means, the research will be bibliographic, field and documentary, as they will be made in books, laws, and also in the field by two semi- structured questionnaires. For the definition of accessibility, it’s used the concept of the Brazilian Association of Technical Standards - ABNT. At the same time reflects on the theme of accessibility tourist using the definitions dictated by SASSAKI and SCHWARZ & HABER. The results detach that adapted cities improve the quality of life of local people, beyond attract more number of tourists and, with the inclusion consequence of this process.

Key Words: Tourism, accessibility, inclusion.

1. INTRODUÇÃO
Este trabalho tem o intuito de investigar a questão da acessibilidade para pessoas que, por terem algum tipo de deficiência ou limitação física, acabam sendo excluídas do processo turístico. Desta forma, busca-se avaliar a acessibilidade como uma ferramenta de inclusão, sob a perspectiva de equiparação de oportunidades entre os indivíduos. Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, nas Normas Brasileiras - NBR, número 9050 (2004), acessível é o “espaço, edificação, mobiliário, equipamento urbano ou elemento que possa ser alcançado, acionado, utilizado e vivenciado 3 por qualquer pessoa, inclusive aquelas com mobilidade reduzida” Assim, acessibilidade é a “possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e elementos” (ABNT, 2004). Ao falar em acessibilidade no turismo, é necessário pensar na adequação de um ciclo de produtos e serviços, desde a oferta até o retorno do turista ao local de origem. Para receber bem esse turista, pontos de visitação turística, pousadas, hotéis, bancos, restaurantes, comércios, hospital, transporte, entre outros, deverão ser adaptados ou já serem construídos num desenho universal que é “aquele que visa atender à maior gama de variações possíveis das características antropométricas e sensoriais da população” (ABNT, 2004). “Por meio do desenho universal temos projetos e ambientes desenvolvidos de maneira que contemplem toda a diversidade humana” (SCHWARZ & HABER, p. 13, 2009). Segundo o MINISTÉRIO DO TURISMO (2006b), o acesso de todos à experiência turística depende de condições ideais, sustentáveis e inclusivas de modo a permiti-lo. “É o caminho para uma sociedade que reconhece que somos todos diferentes, porém ao mesmo tempo, iguais em direito” (SCHWARZ & HABER, p. 13, 2009). Segundo o MINISTÉRIO DO TURISMO (2006a, p.05) “o turismo, hoje, já é o quinto principal produto na geração de divisas em moeda estrangeira para o Brasil, disputando a quarta posição com a exportação de automóveis”. Isso faz com que ele seja valorizado como atividade econômica capaz de gerar riquezas e promover a distribuição de renda. Essa inclusão proposta pode “ser alcançada por duas vias: a da produção, por meio da criação de novos postos de trabalho, ocupação e renda, e a do consumo, com a absorção de novos turistas no mercado interno.” MINISTÉRIO DO TURISMO (2006a, p.11) A inclusão de pessoas deficientes na atividade turística, assim como em qualquer outra atividade, é uma missão de todos os gestores. Hoje o desenho universal deve ter espaço no projeto de qualquer empreendimento turístico ou não. Uma sociedade feita para todos, é uma sociedade mais justa, onde todos podem compartilhar momentos sem se sentirem excluídos por não conseguir entrar em algum ambiente. Por isso que a pesquisa, Turismo Acessível: Uma Ferramenta de inclusão foi elaborada. Para mostrar as pessoas o quão importante é pensar nesse assunto e o quanto se faz necessário aprender e praticar esses ideais. O presente artigo passou previamente por uma análise do Comitê de Ética e Pesquisa - CEP, da Universidade Severino Sombra - USS. Está fundamentado em pesquisas realizadas 4

na área de Turismo com foco principal na acessibilidade, por entender a necessidade da inclusão das pessoas que possuem algum tipo de deficiência na prática do turismo. Questionários foram realizados com gestores do turismo nas cidades de Vassouras/RJ e Socorro/SP. Portanto ficam as seguintes questões a serem esclarecidas: Será que é possível existir um destino completamente adaptado? Como planejar o turismo de uma forma não excludente? Como atender a essa demanda sem cometer distinções? E a cidade de Vassouras/RJ, está adaptada? Qual a diferença entre a cidade de Vassouras/RJ e a cidade de Socorro/SP, considerada a mais acessível do país?

2. TURISMO ACESSÍVEL: UMA FERRAMENTA DE INCLUSÃO

O turismo vem sendo valorizado cada vez mais como atividade econômica capaz de gerar riquezas e promover a distribuição de renda. Nesse cenário, é inegável o potencial brasileiro para essa atividade, pelo expressivo acervo de bens paisagísticos, naturais, culturais e sociais. Contudo, o País ainda não alcançou as condições ideais, sustentáveis e inclusivas de modo a permitir o acesso de todos à experiência turística. (MINISTÉRIO DO TURISMO, p. 03, 2006b) O turismo com enfoque social vem se desenvolvendo acentuadamente no mundo, de modo especial no que se refere ao acesso à experiência turística às pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida. (MINISTÉRIO DO TURISMO, p. 07, 2006b) No que concerne ao turismo em relação a esses grupos populacionais é que, atualmente, não existem condições de acessibilidade condizentes. Projetar a igualdade social pressupõe garantir a acessibilidade a todos, independentemente das diferenças, e entender a diversidade como regra e não com exceção. (MINISTÉRIO DO TURISMO, p. 07, 2006b) É direito de todo cidadão brasileiro ir e vir dentro do território nacional, bem como todo homem tem o direito de qualidade de vida. A pessoa com deficiência é um cidadão com direitos e deveres e representa um potencial para o turismo. É importante que elas possam desfrutar junto de suas famílias e amigos, de momentos de diversão e lazer, conhecendo novos lugares. 5

2.1. O BRASIL E A DEFICIÊNCIA As pessoas com deficiência devem ter asseguradas as mesmas oportunidades das demais, a mesma possibilidade de deslocar-se e de escolha de locais. São consumidores e esperam ser tratados com a mesma dignidade e respeito, tendo garantido seu acesso a edifícios, ao lazer, ao transporte, à informação e ao direito de viajar. CAMISÃO (apud Ministério do Turismo, 2006b) “No Brasil, o turismo para pessoas com deficiência ainda está aquém do que podemos chamar de acessível para esse grupo da população” (SCHWARZ & HABER, 2009). De acordo com o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2000) aproximadamente, 24,6 milhões de pessoas, ou 14,5% da população total, apresentaram algum tipo de incapacidade ou deficiência, das quais 19,8 milhões residiam em áreas urbanas e 4,8 milhões em áreas rurais. São pessoas com ao menos alguma dificuldade de enxergar, ouvir, locomover-se ou alguma deficiência física ou mental. Entre 16,6 milhões de pessoas com algum grau de deficiência visual, quase 150 mil se declararam cegos. Já entre os 5,7 milhões de brasileiros com algum grau de deficiência auditiva, um pouco menos de 170 mil se declararam surdos. Com a idade, a proporção de pessoas portadoras de deficiência aumenta, passando de 4,3% nas crianças até 14 anos, para 54% do total das pessoas com idade superior a 65 anos. A taxa de escolarização das crianças de 7 a 14 anos de idade, portadoras de deficiência é de 88,6%, portanto seis pontos percentuais abaixo da taxa de escolarização do total de crianças nesta faixa etária que é de 94,5%. Segundo o artigo 5° da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”. No Brasil, milhões de pessoas com deficiência não podem ter acesso aos logradouros turísticos e aos empregos disponíveis no setor, porque ainda existem, na grande maioria dos ambientes de lazer, recreação e turismo, muitas barreiras arquitetônicas, atitudinais, comunicacionais, metodológicas, instrumentais e programáticas. (SASSAKI, p. 101, 2005) Segundo CAMISÃO (apud Ministério do Turismo, 2006, p. 321) “a consciência da importância da acessibilidade, tem crescido de forma significativa na última década no Brasil, refletindo-se esse resultado na legislação, nas políticas públicas e nos costumes”. 6
“Através da promoção do turismo acessível para todos os brasileiros, o País pode impulsionar esse setor, gerando empregos e aquecendo a economia” (SCHWARZ & HABER 2009). 2.2. DEFINIÇÕES E TIPOS DE DEFICIÊNCIA De acordo com o decreto nº 3.298 de 20 de dezembro de 1999, Diário Oficial da União – DOU de 21 de dezembro de 1999, que foi alterado e atualizado pelo decreto nº 5.296 de 2 de dezembro de 2004, DOU de 3 de dezembro de 2004, as definições e tipos de deficiência são: I - pessoa com deficiência, além daquelas previstas na Lei nº 10.690, de 16 de junho de 2003, a que possui limitação ou incapacidade para o desempenho de atividade e se enquadra nas seguintes categorias: a) deficiência física: alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções; b) deficiência auditiva: perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz; c) deficiência visual: cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais o somatório da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60º; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores; d) deficiência mental: funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como: comunicação; cuidado pessoal; habilidades sociais; utilização dos recursos da comunidade; saúde e segurança; habilidades acadêmicas; lazer; e trabalho; e) deficiência múltipla: associação de duas ou mais deficiências; e 7

II - pessoa com mobilidade reduzida, aquela que, não se enquadrando no conceito de pessoa portadora de deficiência, tenha, por qualquer motivo, dificuldade de movimentar-se, permanente ou temporariamente, gerando redução efetiva da mobilidade, flexibilidade, coordenação motora e percepção. 2.3. DEFICIÊNCIA E INCLUSÃO – UMA BREVE ABORDAGEM Segundo a Cooperativa de Vida Independente de Estocolmo, STILL, (In. SASSAKI, 2005, p.28) “uma das razões pelas quais as pessoas deficientes estão expostas à discriminação é que os diferentes são freqüentemente declarados doentes”. Por vários séculos, as pessoas com deficiência foram submetidas à exclusão social “Antigamente elas eram consideradas inválidas, sem utilidade para a sociedade e incapazes para trabalhar.” SASSAKI (2005, p.30). “Muitas vezes, o fator limitante não está nas deficiências, e, sim, nas condições desfavoráveis encontradas no meio edificado” CAMISÃO (apud Ministério do Turismo, 2006, p. 337). Ainda segundo CAMISÃO: “O meio pode aumentar o impedimento gerado por uma deficiência ou torná-la quase sem importância em determinado contexto.” Segundo SASSAKI (p.70, 2005), foi por volta de 1950 que começaram a ser incluídas pessoas deficientes no mercado de trabalho competitivo. Ainda segundo SASSAKI (2005, p. 31), foi mais ou menos a partir do final da década de 60 que o movimento de integração social começou a inserir as pessoas com deficiência nos sistemas sociais gerais como a educação, o trabalho, a família e o lazer. Porém “teve maior impulso a partir da década de 80, com o surgimento da luta pelos direitos das pessoas com deficiência” (SASSAKI, p. 33, 2005). O movimento de inclusão social começou incipientemente na segunda metade dos anos 80s nos países mais desenvolvidos, tomou impulso na década de 90 também em países em desenvolvimento e está se desenvolvendo fortemente nos primeiros 10 anos do século 21 envolvendo todos os países. (SASSAKI, p.17, 2005) Segundo SASSAKI (p.51, 2005), é fundamental para o processo de inclusão que a pessoas tenham um estilo de vida independente, pois assim terão maior participação de qualidade na sociedade. “Prever acessibilidade nos projetos de qualquer cidade significa garantir o direito de ir e vir de todos os cidadãos sem nenhuma distinção” (ALERJ, p. 06, 2005). 8

Ao longo das décadas de 1980 e 1990 vimos a idéia de eliminação de barreiras arquitetônicas para atender as pessoas com deficiência tomar um sentido mais amplo, e absorvida então na concepção de um ‘desenho universal’, passou a somar- se a outros aspectos essenciais do direito urbano e das políticas de inclusão social. Segundo CAMISÃO (apud Ministério do Turismo, 2006, p. 321) MOLINA (p. 45, 2005) define planejamento como “um processo racional, sistemático e flexível, cuja finalidade é garantir o acesso a uma situação determinada, à qual não se poderia chegar sem ele” e como planejamento turístico como “um processo racional cujo objetivo maior consiste em assegurar o crescimento e o desenvolvimento turístico”. Cabe, portanto, à sociedade eliminar todas as barreiras arquitetônicas, programáticas, metodológicas, instrumentais, comunicacionais e atitudinais para que as pessoas com necessidades especiais possam ter acesso aos serviços, lugares, informações e bens necessários ao seu desenvolvimento pessoal, social, educacional e profissional. (SASSAKI, p. 45, 2005) Segundo SASSAKI (p. 144, 2005) “O movimento pela eliminação de barreiras arquitetônicas surgiu no início da década de 60”, e ele continua: O discurso deste movimento sempre defendeu a tese de que os ambientes adaptados são úteis não só para as pessoas com deficiência mas também para as pessoas obesas, de baixa estatura, idosas e aquelas que estivessem temporariamente impossibilitadas de deambular. (SASSAKI, p. 145, 2005) “Para muitos, essa concepção de um Desenho Universal que atenda à ampla gama de habilidades da população constitui-se numa utopia” (ALERJ, p. 07, 2005). Os produtos e ambientes feitos com desenho acessível sinalizam que eles são destinados exclusiva ou preferencialmente para pessoas com deficiência, pois suas aparências lembram algo médico, institucional ou, em todo caso, especial. Nesse sentido, eles são estigmatizantes apesar de bem vindos. (SASSAKI, p. 146, 2005) “O desenho universal é mais vantajoso que o desenho acessível porque atende a várias necessidades de um maior número de pessoas” (SASSAKI, p. 146, 2005). Segundo (SHWARZ & HABER, p. 300, 2009) “o desenho universal não surgiu da cabeça de um único homem, mas consta que o termo Universal Design foi usado primeiramente em 1985, pelo arquiteto americano Ronald Mace”. Segundo SASSAKI (p. 147, 2005), “os produtos e ambientes feitos com desenho universal ou inclusivo não parecem ser especialmente destinados a pessoas com deficiência.” “A legislação brasileira que regulamenta os direitos das pessoas com deficiência é apontada como uma das mais avançadas do mundo” (SCHWARZ & HABER, p. 314, 2009) 9 “A deficiência não significa doença. O meio pode aumentar o impedimento gerado por uma deficiência ou torná-la quase sem importância em determinado contexto.” CAMISÃO (apud Ministério do Turismo, 2006). “Agora, no movimento de inclusão social, espera-se e luta-se por uma sociedade que, tendo entendido o direito das pessoas diferentes e o valor da diversidade humana, se modifique para aceitá-los junto à população geral” (SASSAKI, p. 118, 2005). 2.3. O TURISMO E A ACESSIBILIDADE A sociedade, em todas as culturas, atravessou diversas fases no que se refere às práticas sociais. Ela começou praticando a exclusão social de pessoas que – por causa das condições atípicas – não lhe pareciam pertencer à maioria da população. Em seguida, desenvolveu o atendimento segregado dentro de instituições, passou para a prática da integração social e recentemente adotou a filosofia da inclusão social para modificar os sistemas sociais gerais. (SASSAKI, p. 16, 2005) “Mais ou menos entre as décadas de 50 e 60, alguns hospitais e centros de reabilitação física começaram a oferecer programas de lazer e recreação para seus pacientes” (SASSAKI, p. 105, 2005). Ainda segundo SASSAKI “Era uma coisa muito informal, intermitente, interna (dentro da instituição) e, principalmente, fechada – somente para os pacientes”. Segundo SASSAKI (p. 100, 2005) foi somente na década de 70, em países desenvolvidos, que começaram a serem organizadas excursões turísticas para pessoas com deficiência física, inicialmente para as que usavam cadeira de rodas. “A prática de se organizar viagens com grupos formados exclusivamente por pessoas com deficiência é coisa do passado, quando a idéia era a de levar as pessoas com deficiência (capazes de fazer viagens) aos poucos locais acessíveis já existentes, com um mínimo de trabalho e custo” (SASSAKI, p. 103, 2005). O turismo, numa sociedade que se diz defensora da equiparação de oportunidades para todos, precisa ser adequado às necessidades especiais de um expressivo número de pessoas com deficiência a fim de que todos possam curtir a vida como turistas de vez em quando e/ou que alguns possam ser funcionários em atividades turísticas. (SASSAKI, p. 101, 2005) “A acessibilidade é hoje considerada um quesito a mais na qualidade que atende às necessidades de segurança e conforto das pessoas em geral” CAMISÃO (apud Ministério do Turismo, 2006, p. 321). “Priorizam-se hoje as atividades que juntem pessoas com 10 deficiência e pessoas sem deficiência no mesmo espaço de lazer e turismo” (SASSAKI, p. 14, 2003) “A consciência da importância da acessibilidade, tem crescido de forma significativa na última década no Brasil, refletindo-se esse resultado na legislação, nas políticas públicas e nos costumes” CAMISÃO (apud Ministério do Turismo, 2006). Segundo SASSAKI (2005), é importante preparar as crianças para um novo tipo de sociedade que está surgindo: a sociedade inclusiva. Através do PNT 2007/2010, o governo federal espera cumprir uma função mais social, tornando-o assim em instrumento de planejamento e gestão que colocará o turismo como indutor do desenvolvimento e da geração de emprego e renda no País: Chegou a vez do turismo de inclusão. Uma inclusão na mais ampla acepção da palavra: inclusão de novos clientes para o turismo interno, inclusão de novos destinos, inclusão de novos segmentos de turistas, inclusão de mais turistas estrangeiros, inclusão de mais divisas para o Brasil, inclusão de novos investimentos, inclusão de novas oportunidades de qualificação profissional, inclusão de novos postos de trabalho para o brasileiro. Inclusão para reduzir as desigualdades regionais e para fazer do Brasil um país de todos. (PNT 2007/2010, p. 08) “Falta conscientização de gestores, de políticos, de arquitetos, urbanistas, engenheiros e de desenhistas industriais sobre a importância de se planejar sem barreiras. Falta contato da população com as questões relativas à diversidade e à deficiência” (ALERJ, p. 07, 2005). 2.4. RESULTADOS DA ACESSIBILIDADE NA CIDADE DE SOCORRO/SP O quadro “Tô de Folga” do Jornal Hoje, exibido no dia 15 de maio de 2009, foi um especial sobre a cidade de Socorro/SP, onde apresentava a cidade “como sendo modelo para turistas portadores de deficiência”. Abaixo foi reproduzido alguns trechos da matéria: Socorro é uma estância hidromineral que fica no circuito das águas paulista. A cidade é um dos principais pólos de turismo de aventura do país. O primeiro do roteiro a ser adaptado para receber deficientes. A cidade começou a se preparar há dois anos para receber, com qualidade, turistas com qualquer tipo de deficiência. Além dos equipamentos e transportes acessíveis a todos, os profissionais passaram por treinamento. Pelo centro histórico, os pontos turísticos são interligados por um piso tátil que orienta os cegos e até os semáforos são adaptados. Muitos obstáculos para cadeirantes foram removidos. Há rampas nas esquinas e praças. Até os brinquedos não restringem mais ninguém. 11 Entre bares, lanchonetes e restaurantes são 50 estabelecimentos adaptados. Além dos cardápios em braile, toda a estrutura foi reformada para facilitar o acesso dos deficientes físicos. (Jornal Hoje dia 15/05/09) Uma notícia no site do Ministério do Turismo do dia 16/08/2007, mostra como tudo começou na cidade: O Ministério do Turismo investiu R$ 418 mil na implantação do projeto Aventureiros Especiais. Uma iniciativa que tem por objetivo incluir e permitir que pessoas com qualquer tipo de deficiência visual, auditiva, amputados, paraplégicos e tetraplégicos possam praticar esportes radicais como o rafting, tirolesa, bóia cross, aquaride e cascading. O projeto, dirigido pela organização não governamental Aventura Especial, foi implantado a partir de 2005 no município de Socorro, no interior de São Paulo, a 132 quilômetros da capital, numa região que reúne as condições para a prática do turismo de aventura. O presidente da Aventura Especial, Dadá Moreira, conta que o projeto de inclusão de pessoas com deficiência no turismo de aventura permite o que antes era impensável: a prática de esportes radicais. Como o projeto tem dado bons resultados, permitindo a inclusão de um novo público, a infra-estrutura local passou a ser adaptada para receber novos esportistas com deficiência. Socorro será a primeira cidade totalmente adaptada do Brasil. A rede hoteleira está se adaptando e todos os lugares terão acessibilidade. De roteiro turístico, o projeto Aventureiros Especiais contribuiu para a cidade se tornar um destino turístico adaptado que atrai cada vez mais pessoas com deficiência, conta Dadá Moreira. Para o MTur, o tema da acessibilidade é transversal, ou seja, atende diversos segmentos, como o cultural ou o de ecoturismo. É importante que os equipamentos turísticos estejam preparados para o atendimento correto desse público. O projeto Aventureiros Especiais é muito importante para o MTur porque tem nos permitido aprender e, ao mesmo tempo, ganhar especialização no atendimento de pessoas com deficiência. E isso esperamos multiplicar para os demais destinos turísticos do Brasil, afirma Jurema Monteiro, coordenadora de Segmentação do MTur. (Ministério do Turismo, 16/08/2007) Uma notícia mais recente do Ministério do Turismo sobre a cidade de Socorro foi publicada no dia 22/09/2009. Com titulo “Turismo para Todos” e subtítulo “Destinos turísticos adaptados a pessoas com deficiência podem consolidar nicho de mercado rentável”, a reportagem mostra resultados mais recentes sobre a experiência, assim como a preocupação de mostrar essa forma de turismo como rentável: Tirolesa, mergulho e surfe são atividades que podem ser praticadas por qualquer pessoa, desde que sejam observados os devidos cuidados e procedimentos de segurança. É o que mostra Edison Passafaro, cadeirante desde 1980 e coordenador do Comitê de Acessibilidade da Brazilian Adventure Society. Mergulhador há vinte anos, ele pratica vários esportes. Na semana do Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, o coordenador lembra aos empresários do turismo que acessibilidade hoje é garantida por lei Federal. “Não é apenas uma questão de boa vontade. Pela legislação atual, para ter alvará de funcionamento um estabelecimento precisa ser um ambiente acessível”. Passafaro se refere à Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. 12 Edson diz, ainda, que os empresários brasileiros podem transformar a obrigação jurídica num grande nicho de mercado. Segundo o Censo 2000, do IBGE, existem no Brasil 24,6 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência ou incapacidade, o que representa 14,5% da população brasileira. Para o coordenador, “o empresário inteligente é aquele que entende que não terá custos para adaptar o local, mas, na verdade, irá investir para absorver um mercado com milhares de pessoas que podem consumir e praticar atividades de turismo de aventura, de lazer ou de ecoturismo. A Estância Hidromineral de Socorro, em São Paulo, é destino referência no segmento. Desenvolvido em parceria com o Ministério do Turismo (MTur), o projeto Socorro Acessível está adequando acessos e atividades da cidade, bem como a rede hoteleira e os estabelecimentos comerciais. Em maio deste ano, o município foi declarado oficialmente como destino-modelo em Aventura Especial no Brasil. De 2006 a 2008, o projeto “Socorro Acessível” aplicou, no município, R$ 1,73 milhão em obras de infraestrutura turística, cursos de qualificação profissional para o atendimento a turistas portadores de deficiências físicas e/ou motoras, além de adaptações em passeios, equipamentos e edificações públicas, de acordo com a norma brasileira de acessibilidade nº 9050/2004 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Para a Coordenadora Geral de Segmentação do MTur, Sáskia Lima, a cidade paulista deve servir de exemplo para o País. “Socorro não é apenas um destino preparado para receber pessoas com deficiência. As adaptações realizadas no município, por seus gestores públicos e empresários, torna a cidade um destino acessível para pessoas de todas as idades e necessidades, quer sejam idosos ou crianças”, afirma. (Ministério do Turismo, 22/09/09) A ONG Aventura Especial começou com a experiência de uma pessoa com deficiência que descobriu nos esportes de aventura e o ecoturismo uma forma de reabilitação. A sua missão é “trabalhar em prol da inclusão das pessoas com deficiência em atividades de ecoturismo e esportes de aventura, propiciando reabilitação física e psicológica através de uma nova forma de relacionamento com a natureza e o meio ambiente”. (ONG AVENTURA ESPECIAL). Para maiores informações: www.aventuraespecial.org.br. Sobre a cidade de Socorro, o site da ONG passa as seguintes informações: A cidade oferece modalidades que podem ser praticadas em terra, água e ar. Para os que não curtem os esportes praticados na natureza, Socorro é recortada por rios, cachoeiras, montanhas, vales, matas, trilhas, grutas e parques preservados que possibilitam ao visitante apreciar um visual incrível, respirar ar puro ou simplesmente renovar suas energias. Nas redondezas da cidade é possível passear pelas antigas fazendas e conhecer desde o plantio do café, passando pela colheita, secagem, moagem e depois, se deliciando no final da tarde com um saboroso café caipira (ONG AVENTURA ESPECIAL). Já no site da Prefeitura Municipal da cidade de Socorro/SP, as notícias sobre o projeto Socorro Acessível são: O Município de Socorro recebeu a missão de tornar-se o primeiro destino turístico adaptado aos portadores de deficiência. Para tal, se faz necessário à criação de um plano que atenda as reais necessidades para esse público. Portanto, hotéis, pousadas, restaurantes, bancos, comércios, pontos de visitação turísticas, operadoras. Correio, farmácia, supermercado, hospital, transporte, entre outros, deverão adaptar-se a essa realidade. 13
Para que possamos receber pessoas com deficiência, possibilitando um turismo digno e salutar, é preciso o envolvimento de toda a sociedade. Apesar do trabalho até aqui desenvolvido ter sido gratificante, a legislação sobre o assunto já existe e exige adaptações, portanto o que nos cabe é promovê-las para que possamos estar enquadrados e podermos apresentar mais qualidade em nossos serviços. Vamos juntos adaptar Socorro, para que sejamos referência de turismo no Brasil”. (http://www.estanciadesocorro.com.br/socorro_acessivel/, retirado em 28/09/2009) Um questionário foi enviado a Coordenadora de Acessibilidade da Prefeitura Municipal da Estância de Socorro – SP, Juliana Chehouan, onde foram realizadas perguntas sobre como foi o processo de adaptação da cidade e suas experiências. Em resposta, ela diz que tudo começou com o projeto Aventureiros Especiais, da Organização Não Governamental - ONG Aventura Especial, que adaptou os roteiros de aventura da cidade. Foi então que surgiu a necessidade de adaptação da própria cidade para receber pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida que passaram a visitar a cidade. Assim o Ministério do Turismo escolheu Socorro para ser cidade referência em Turismo de Aventura e Acessibilidade, iniciando-se assim, o projeto Socorro Acessível. A prefeitura local juntamente com o Ministério do Turismo liberaram recursos para obras de infra-estrutura. Também foi necessária a realização de cursos de capacitação para as pessoas que trabalham com turismo para que possam atender melhor os turistas. Quando lhe foi perguntado sobre a importância da população local para o processo, ela responde que considera um passo importante a conscientização para que não haja resistência e também para que saiba como tratar, receber e respeitar esse turista. Também foi criada uma Lei Municipal para ajudar na fiscalização dos estabelecimentos que ainda não aderiram ao projeto. Questionada sobre a parceria entre o público e o privado, ela respondeu: “Essa parceria é importante, pois o poder público não tem contato direto com o turista, enquanto o privado tem. Com isso a cidade ganha com o melhor atendimento ao turista”. Sobre o fluxo de turistas, foi constatado um acréscimo em torno de 20% tanto turistas com alguma deficiência ou mobilidade reduzida como os acompanhantes destes

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Já foi possível perceber que o tema acessibilidade é muito amplo e que nos últimos anos, a preocupação em incluir pessoas com algum tipo de deficiência nas atividades 14

comuns do dia a dia aumentou. Porém constatou-se uma nova demanda que até o momento ainda não foi muito explorada e está aberta a novidades. Pensar na acessibilidade é pensar também em gestantes, idosos, pessoas com mobilidade reduzida, entre outros, não apenas em pessoas com deficiência. “É essencial que os organizadores de atividades de lazer e turismo tenham em mente a filosofia da inclusão social, defendida pelos movimentos de direitos e de vida independente das pessoas com deficiência” (SASSAKI, p. 19, 2003) Nesse sentido é importante pensar nas atividades integradas, que são aquelas em que pessoas com deficiência conseguem participar de atividades não-adaptadas e de atividades inclusivas, que são aquelas adaptadas para receber qualquer tipo de pessoa. “Tais atividades em si não terão nenhum valor, por melhor que sejam organizadas, se não houver em todos os momentos uma atmosfera de respeito” (SASSAKI, p. 19, 2003) Com base nas informações obtidas nos questionários, pode-se concluir que a cidade de Socorro/SP, hoje é considerada uma das mais adaptadas para receber turistas com algum tipo de deficiência ou com mobilidade reduzida. Para isso, ela passou por um processo de conscientização e planejamento, que teve participação tanto pública quanto privada, onde a população local foi teve um importante papel, já que é necessário o apoio popular para esse tipo de projeto. A cidade de Vassouras/RJ no momento, não está adaptada. Seus habitantes encontram muitas dificuldades para realizar suas tarefas diárias. Barreiras arquitetônicas, buracos nas calçadas, além de degraus, fazem do dia a dia dessas pessoas um transtorno. Também é preciso pensar em bares, restaurantes, hotéis, transporte público municipal e interurbano, para começar a se planejar um turismo acessível. Alguns hotéis, bares, bancos e empresas de transporte público já começaram a se adaptar por conta própria. No momento não existe nenhum projeto ou política pública municipal nesse âmbito. “O conhecimento do grau de acessibilidade dos pontos turísticos e estabelecimentos pode ajudar a indústria turística local a determinar que atitudes adotar para facilitar a visita de pessoas com deficiência” CAMISÃO (apud Ministério do Turismo, 2006). O centro histórico vassourense, que abriga casarões tombados pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional Patrimônio - IPHAN, e tem o relevo em declive, encontra certa dificuldade para passar por essa adaptação. CAMISÃO (apud Ministério do Turismo, 2006, p. 325) fala sobre a acessibilidade em áreas tombadas. Para ela “Os edifícios 15
preservados pelo patrimônio histórico devem buscar atender aos quesitos de acessibilidade, sempre em parceria com a instituição oficial responsável pela preservação do patrimônio histórico local.” Portanto não é porque a cidade possui algumas áreas tombadas pelo IPHAN que não é possível se ter um projeto de acessibilidade local. É necessário o envolvimento do poder público e do privado, para que se possa chegar a um resultado parecido com o da cidade de Socorro/SP, que é uma das mais acessíveis do país. Ao ser perguntado ao secretário de Esportes e Turismo, da cidade de Vassouras/RJ se ele considerava que com a adaptação, a cidade receberia um maior número de turistas, sua resposta foi: “Hoje é preciso pensar os empreendimento de forma geral, neste sentido observa-se as necessidades e características que são demandas pelos clientes. Então, com a adaptação dos produtos e serviços oferecidos, com toda certeza ganha o visitante , o morador, a cidade e os empresários envolvidos com o negócio turismo.” Sobre a questão de considerar a cidade adaptada para receber todos os tipos de turistas sua resposta foi: “Infelizmente não estamos preparados para receber todo tipo de turista, considerando as questões de acessibilidade, que precisamos trabalhar muito. Em alguns de nossos hotéis os empresários já estão atentos a necessidade de promover adaptações em suas estruturas a fim de atender as demandas neste sentido. O Prefeito tem demonstrado preocupações quanto as questões de acessibilidade, que para nossa cidade que tem como característica uma arquitetura do século XVII, casarões imensos com escadarias lindíssima... Mas que criam essa dificuldade para o turista.” Com base nas informações obtidas nessa pesquisa, é possível concluir que: não existe um destino completamente adaptado, mas sim destinos que perceberam a necessidade de se tornar um destino para todos e com isso, conseguiu se modificar para atender o melhor possível todos, sem distinção. Para uma cidade se adaptar é necessário a parceria entre o poder público e privado, a participação da população local, além de um planejamento que atenda as necessidades básicas desse público. Existe uma demanda que até o momento encontra dificuldades de praticar o turismo, mas que não encontra muitas opções. 16

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT Acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências a edificações, espaço, mobiliário e equipamentos urbanos: NBR 9050. 2. ed. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. ALERJ - ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Acessibilidade para todos: Uma cartilha de orientação. Rio de Janeiro: Núcleo Pró Acesso, UFRJ/FAU/PROARQ, 2004. IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA: Censo 2000. Disponível em visitado em 09 de junho de 2009. JORNAL HOJE: Quadro “Tô de Folga” do dia 15 de Maio de 2009. Disponível em visitado em 16 de maio de 2009. MINISTÉRIO DO TURISMO. Plano Nacional de Turismo: uma viagem de inclusão 2007/2010. Brasília: Ministério do Turismo, 2006a. _________________________. Secretaria Nacional de Políticas de Turismo. Turismo e acessibilidade: manual de orientações. Ministério do Turismo, Coordenação - Geral de Segmentação. 2. ed. Brasília: Ministério do Turismo, 2006b. _________________________. Turismo social: diálogos do turismo – uma viagem de inclusão / Ministério do Turismo, Instituto Brasileiro de Administração Municipal. Rio de Janeiro: IBAM, 2006c. ________________________. Notícias: Disponível em visitado em 28 de setembro de 2009. MOLINA, Sérgio. Turismo: metodologia e planejamento. São Paulo: EDUSC, 2005. ONG AVENTURA ESPECIAL. Disponível em visitado em 28 de setembro de 2009. PREFEITURA MUNICIPAL DA ESTÂNCIA DE SOCORRO/SP. Projeto Socorro Acessível. Disponível em visitado em dia 28 de setembro de 2009. SASSAKI, Romeu. Inclusão: Construindo uma Sociedade para Todos. 6.ed., Rio de Janeiro: WVA, 2005. 17 ______________. Inclusão no Lazer e Turismo: Em Busca da Qualidade de Vida. São Paulo: Áurea, 2003. SCHWARZ, Andrea; HABER, Jaques. Guia Brasil para todos: Roteiro turístico e cultural para pessoas com deficiência. São Paulo: Áurea, 2009. VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 3. ed, São Paulo: Atlas, 2000. 18

ONG adapta esportes radicais para deficientes físicos

Terça, 7 de setembro de 2004, 14h04
Ver original http://www.surfespecial.com.br/conteudo/materias_detalhes.asp?cod=41

Agências de ecoturismo e esportes radicais começam a ampliar o mercado com os deficientes físicos. Entrando nessa onda e descruzando os braços, Dadá Moreira, formado em Direito e Jornalismo, montou a ONG Aventura Especial, que tenta provar que a deficiência não é obstáculo para a prática de rafting, pára-quedismo, alpinismo e tantas outras modalidades de esportes radicais. Segundo ele, hoje, no Brasil, são 24,5 milhões de portadores de deficiência. "Eles querem participar e nós provamos que todas essas atividades podem ser adaptadas".
Moreira conta que há pouco tempo, a ONG fez uma apresentação na Adventures Sports Fair, no Ibirapuera, em São Paulo. Segundo ele, foi um evento para mostrar o potencial que eles têm, no qual o Ministro Walfrido Mares Guia (Turismo) e a Ministra Marina Silva (Meio Ambiente) se mostraram muito sensibilizados. "Nossa ONG, agora com quase um ano, ainda tem muitas dificuldades". Moreira lembra que não há qualquer patrocinador para o projeto. A apresentação, diz ele, também serviu para mostrar essa nova proposta que visa a reabilitação física e psicológica através da prática de esportes.
O princípio básico da Aventura Especial é que ninguém pode ficar de braços cruzados esperando atitudes do governo. Moreira reconhece a dificuldade de uma primeira atitude e acredita que a maior é aquela que está dentro da cabeça. "Se a pessoa está com a unha encravada e acha que não pode fazer nada, ela não sai mesmo de casa", compara. "A nossa proposta traz um retorno muito grande, ajuda muita gente e não é nenhuma caridade".
Mais informações podem ser adquiridas no site: www.aventuraespecial.com.br Confira também no vídeo relacionado a esta matéria as imagens da apresentação da Aventura Especial na Adventures Sports Fair, em São Paulo


EXCLUSIVO: Aventura e contato com a natureza para pessoas especiais

Danielle Jordan / AmbienteBrasil

25 / 07 / 2006
Ver original http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=25766

As aventuras ganham novos destinos e emoções, como a narrada pelo atleta praticante de escalada Sílvio Luiz Ferraz Batagini: “Me ajudaram a colocar o equipamento, passei magnésio nas mãos e logo estava escalando. O nervoso em instantes se transformou em adrenalina, o coração acelerou, a respiração ficou ofegante. Dominando agarra por agarra fui vencendo a via e com isso fui vencendo meus medos e meus próprios preconceitos”.
O relato poderia ser comum a qualquer iniciante, mas neste caso mostra a superação de limites de uma portador de necessidades especiais. “Quando se passa a ser deficiente adquire-se esses sentimentos negativos. Tudo o que é novo assusta e causa pânico”.
Sílvio, que teve a perna esquerda amputada depois de um acidente de moto em 2001, gostou da experiência vivida na academia e partiu em busca de novos desafios, passando a escalar também em rochas. “Superando as dificuldades da via, fui subindo, envolvido pela adrenalina, pela natureza e todos os seus sons - é a mistura perfeita. Não existia estresse, nem problemas do dia a dia, nem deficiência - era só eu a natureza e os meus limites, eu contra eu mesmo, sem ter de provar nada para ninguém. As pessoas não estão acostumadas a ver portadores de necessidades especiais praticando esportes radicais”.
Os relatos deste e de outros atletas com necessidades especiais fazem parte do acervo da ONG Aventura Especial, fundada pelo jornalista e fotógrafo Dadá Moreira, portador de ataxia – problema neurológico que afeta o equilíbrio, coordenação motora fina, fala e visão. Dadá descobriu os esportes adaptados e começou em casa a se recondicionar fisicamente. “Lembro-me que quando fui pedalar na bicicleta ergométrica, consegui fazer 15 segundos.” Um ano depois ele estava praticando rafting e escalada. “Queria mais, e pensei então num salto de pára-quedas. Hoje sei que a verdadeira limitação está na cabeça e não no físico. Esses esportes estimulam a auto-superação, o trabalho em equipe, o equilíbrio, coordenação, técnica e coragem. Enfim, um desafio para o corpo e a mente.”
A ONG visa proporcionar aos portadores de necessidades especiais as condições para a prática de esportes de aventura adequados às suas necessidades. São feitas adaptações em equipamentos de forma que não ofereçam riscos e não provoquem lesões. “Quero incentivar mais pessoas com dificuldades “aparentes” a ter uma vida normal e, principalmente, feliz. O ecoturismo e a prática de esportes na natureza, sem dúvida, são excelentes atalhos para encontrar esse estado de espírito”, destaca Dadá.
A ONG estabeleu um convênio com o Ministério do Turismo visando a adaptação dos esportes aos atletas especiais. Neste projeto foram selecionados doze atletas com diferentes limitações para a prática de rappel, off road, tiroleza, rafting e bóia cross ou aqua ride. As necessidades estão sendo avaliadas para a elaboração de normas de segurança e equipamentos necessários para a prática dos esportes.
Desde dezembro, a Aventura Especial realiza testes para qualificação da prática esportiva através de atividades de campo na cidade modelo criada em Socorro, em São Paulo, a 130 km da capital. Os esportes são praticados com acompanhamento especializado incluindo equipe médica e de fisioterapeutas, para encontrar as condições ideais para os atletas. A partir do momento que o formato ideal for estabelecido, deve-se estudar a comercialização de pacotes turísticos para o local.
O entretenimento especializado para portadores de necessidades especiais ganha cada vez mais espaço. Na capital paulista, foi inaugurado no início deste mês o primeiro parque urbano planejado para atender a este público. O estabelecimento conta com pistas de corridas e ciclovias adaptadas e canteiros aromatizados com plantas de diferentes texturas. É o ecoturismo praticado com inserção social. O Parque do Trote, situado na Vila Guilherme, na zona norte da capital paulista, funciona diariamente das 6h às 22h.


Sílvio Luiz: vencendo medo e preconceitos
(Foto retirada do site www.aventuraespecial.org.br)

Venda de pacotes cai com caos aéreo, mas operadoras mantêm otimismo

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Carla Campos, do Diário de São Paulo
05/04/2007

SÃO PAULO - Com o caos aéreo, já chega a 40% a queda na venda de pacotes turísticos. Os destinos mais prejudicados são Nordeste, Rio de Janeiro e Pantanal (MS). Mas o setor se mantém otimista e lançou pacotes e serviços para 2007 e 2008, durante o "27 Encontro Comercial Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo)". O evento aconteceu na semana passada em São Paulo, onde reuniu 110 expositores, recebeu mais de dois mil agentes de viagens e gerou R$ 3,4 milhões em negócios.
Segundo o presidente da entidade, José Zuquim, o volume de negócios vem caindo por conta dos recentes problemas enfrentados nos principais aeroportos do Brasil. A crise aérea estimula os brasileiros a procurarem pelo turismo informal. As mudanças no comportamento do mercado também estão relacionadas com o dólar mais baixo e a expectativa de uma temporada mais forte de cruzeiros marítimos.
Contra a crise, Zuquim acredita que a solução seja buscar o desenvolvimento de produtos alternativos e trabalhar com inteligência comercial. Várias novidades em pacotes e serviços foram apresentadas na feira (confira algumas no quadro abaixo). Mas o que chamou a atenção do público foi a presença da ministra do Turismo, Marta Suplicy.
Empossada no dia 23 de março, Marta assumiu o lugar ocupado por Walfrido dos Mares Guia, hoje ministro das Relações Institucionais. Ao encontrar Dadá Moreira, membro da ONG Aventura Especial, a ministra acabou destacando a importância da inclusão de deficientes nos esportes radicais. Moreira é um dos maiores exemplos de que é possível praticar esportes mesmo com limitação física. Ele tem 41 anos e há 11 anos começou a sentir os sintomas da ataxia (doença neurológica).
Veja a seguir alguns lançamentos anunciados na Braztoa:
COSTA CRUZEIROS- O Banco Fibra, em parceria com a Costa Cruzeiros, começa a financiar viagens de navio com taxas de juros mais baixas e parcelamento em até 40 vezes. Os beneficiados pela parceria, por enquanto, são os aposentados e os pensionistas do INSS, além dos servidores públicos. Mais informações no site da Costa Cruzeiros .
ARUBA - A ilha caribenha, que tem no turismo 85% de sua arrecadação, promete investir em melhorias de infra-estrutura nos hotéis, aeroporto e terminal de cruzeiros. O investimento deve chegar a US$ 350 milhões. Mais detalhes no
site oficial do destino .
AVENTURA ESPECIAL - Vale a pena conhecer o trabalho da ONG Aventura Especial, que trabalha para viabilizar a prática de esportes radicais para deficientes. O projeto de transformar Socorro (SP) numa cidade modelo, segundo Dadá Moreira, um dos fundadores da ONG, já está quase concluído. Com isso, Socorro vem servindo de exemplo para outras cidades e países. Consulte o site da entidade .
VAI BRASIL- O projeto surgiu com o intuito de incentivar o brasileiro a conhecer o país. Dessa forma, procura oferecer pacotes para os mais diferentes destinos em épocas de baixa ocupação, quando os preços caem. A novidade agora é a parceria para incluir transporte rodoviário no programa. Informações no site .



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Socorro (SP) recebe título de Destino de Aventura Especial

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13/02/2009 - Atualizada às 18:48



Cidade foi contemplada com título pelo Ministério do Turismo

Foto: Divulgação
 
A cidade paulista de Socorro foi contemplada pelo Ministério do Turismo com o principal Destino de Aventura Especial do Brasil. Isso porque o município recebeu do Governo Federal R$ 1,5 milhão para investimento em benfeitorias públicas como instalações de semáforos sonoros para deficientes visuais, adaptação de calçamentos, construção de banheiros e rampas para cadeirantes, demarcações de vagas de estacionamento para motoristas especiais. Além disso, houve investimentos na prática de esportes de aventura para deficientes físicos e para pessoas com mobilidade reduzida.
As adaptações renderam um aumento de 45% da ocupação nesses estabelecimentos já que os portadores de deficiência já representam 8% da freqüência, segundo José Fernandes Franco, proprietário desses empreendimentos. Este trabalho lhe conferiu o Prêmio Superação Empresarial 2008 – Categoria Serviços de Turismo, promovido pelo Sebrae/SP.
“O Ministério do Turismo investiu em obras, capacitação, implementação de normas técnicas, formação de grupos de gestão, deixando o município com autonomia e conta com uma rede de parceiros capaz de fazer o gerenciamento desse processo de estruturação”, diz Tânia Brizolla, diretora do departamento de Articulação, Estruturação e Ordenamento Turístico do Ministério do Turismo.
O projeto “Socorro Acessível” faz parte do Destino Referência, projeto do Ministério do Turismo que selecionou 65 municípios como pólos indutores, sendo 10 escolhidos por características especificas. E Socorro foi uma dessas 10 cidades escolhidas como destino referência nos Projetos “Aventura Segura” e “Socorro Acessível”, esta última contemplada pelo MTur como o principal Destino de Aventura Especial do Brasil.

Adaptações propiciam a prática de esporte de aventura por deficientes

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Por Roberta Spiandorim

24/08/2007 - Atualizada às 20:48


Dadá e Silvio falam sobre seus projetos
Foto: Roberta Spiandorim/ www.webventure.com.brDireto da Adventure Sports Fair

“Eu voltei a ter prazer com o corpo. Foi maravilhoso”. Este foi o relato de Dadá Moreira sobre seu primeiro rafting após ter desenvolvido problemas neurológicos e perdido a coordenação dos movimentos musculares voluntários (Ataxia), há dez anos. Foi a partir desta experiência, que surgiu a idéia de proporcionar estas sensações para outros deficientes, até então a parte das práticas de esporte de aventura.
Em parceria com o Ministério do Turismo, Dadá criou a ONG Aventureiros Especiais, cujo objetivo era detectar as necessidades dos deficientes para a prática da aventura, possibilitando a adaptação tanto dos equipamentos utilizados, como da conduta dos profissionais de turismo em relação à eles.
Para concretizar este objetivo foram reunidos deficientes físicos, sensoriais, mentais e múltiplos para vários testes de campo, dentre eles um paraplégico, um amputado, um tetraplégico, um deficiente visual, um surdo-cego, um com paralisia cerebral e outro com síndrome de down. Eles foram supervisionados por treze profissionais da área médica e voluntários.
A pesquisa possibilitou o desenvolvimento de equipamentos como uma cadeirinha para técnicas verticais, além de um colete e uma cadeira para o bote de rafting. Os equipamentos são específicos para pessoas sem mobilidade no tronco. Os testes também propiciaram a criação de uma comunicação alternativa, própria para deficientes sensoriais.
“Conseguimos formatar um novo produto que a indústria de turismo vai oferecer”, contou Dadá. Este projeto de experimentação foi finalizado no dia 30/07 e a partir de agora serão oferecidos cursos de capacitação e palestras para as operadoras do país inteiro que queiram atender este novo público. “Não é caridade, é um mercado”, enfatizou o idealizador do projeto, que também é fotógrafo e jornalista profissional. No total são mais de 24,5 milhões de pessoas portadoras de necessidades especiais no Brasil.
Aventura gratuita - Uma outra iniciativa voltada aos deficientes e totalmente gratuita é a do gaúcho Silvio Zonatto, de 54 anos. O profissional da área de Educação Física desenvolveu em sua própria casa, localizada no município de Vespasiano Correa, no interior do Rio Grande do Sul, um núcleo de aventura para portadores de necessidades especiais.
No local, que tem 204 hectares, os amputados, paraplégicos e portadores de síndromes podem praticar rappel numa ponte de 143 metros, rafting no Rio Guaporé, que é afluente do Taquari-Antas, além de um passeio off-road e trekking por trilhas. Em suas dependências não há muitas adaptações especiais, apenas a carroceria do jipe é engaiolada, para não ter perigo de quedas, e a cadeirinha é especial. “A dificuldade de acessar a água (no rafting), eu vejo como parte da aventura”, disse Zonatto.
Para manter a estrutura Silvio conta apenas com seus próprios recursos e para as atividades esportivas tem contribuições de equipamentos e acessórios de seus patrocinadores. O maior objetivo de Silvio agora é divulgar a idéia e incentivar outras pessoas a desenvolverem projetos para deficientes. Os interessados podem ir com entidades ou então formarem grupos por conta própria. Silvio oferece a estrutura e hospedagem. Os visitantes que forem por conta própria precisam arcar apenas com a alimentação e caso pernoitem, a roupa de cama.



Serviço:
Aventura Especial- site: http://www.aventuraespecial.com.br/- e-mail: contato@aventuraespecial.org.br

Refúgio Explorer- e-mail: refugioexplorer@pannet.com.br- telefone: (51) 3751-1635

CAÇADOR DE AVENTURAS

José Fernandes Franco aceitou um desafio: criar o turismo ecológico adaptado para deficientes físicos, com direito à tirolesa e outras modalidades radicais. E não é que deu certo?
ver original http://www.revistasentidos.com.br/inclusao-social/54/artigo152076-4.asp
Por Katia Deutner






"Eu contei com profissionais especializados para treinar meus funcionários a lidar com os deficientes."
RS: Como passou para a hospedagem?
JF: Começou a dar muito certo, passamos a receber mais de cem ônibus por ano com visitas de escolas. O crescimento e a demanda forçaram-me a criar uma área de hospedagem. O Hotel Fazenda Campo dos Sonhos foi inaugurado em 1 de abril de 1994, dia do aniversário de minha mãe, Maria Fernandes Franco. Nesta época, não tinha noção que ia me deparar com questões de acessibilidade, até que apareceram escolas com pessoas com Síndrome de Down e o Hospital Cristália começou a trazer deficientes intelectuais para o hotel.
RS: Foi então que resolveu fazer o turismo de aventura acessível?
JF: Já tinha algumas programações para o pessoal da terceira idade, que tem mobilidade reduzida. Mas foi durante a Adventure Fair, em 2005, em uma reunião com o Ministério do Turismo que tudo começou. Eles buscavam parceiros para ajudar na implementação de uma lei para adaptação do turismo de aventura. Precisavam de um empresário com estrutura física e uma ONG, pois assim poderiam elaborar um projeto e criar condições para a prática das atividades de aventura por deficientes. Foi então que contei com a ajuda de Dadá Moreira, da ONG Aventura Especial. Aventureiro, Dadá sofre de ataxia, um problema neurológico que afeta o equilíbrio, a coordenação motora fina, a fala e a visão. Sua experiência mostrou que, ao praticar esportes mais radicais, sua doença não progredia.
RS: Quais foram as dificuldades no início do projeto?
JF: Não imaginava que fazer adaptação fosse muito além de fazer reformas em banheiros e portas. Eu precisava de carrinhos elétricos para a locomoção do pessoal. Tive que estudar rotas alternativas do restaurante para cada chalé. Por sorte, já tinha colocado portas mais largas, mas precisei adaptar camas para seguir o padrão recomendado de altura. Foram surgindo dúvidas. Por exemplo, como um tetraplégico consegue descer em uma tirolesa? Eu contei com a ajuda de profissionais especializados para treinar meus funcionários a lidar com os deficientes.
RS: E os primeiros testes?
JF: Contei com a ajuda de voluntários com Síndrome de Down, ataxia, paralisia cerebral, tetraplégicos, paraplégicos, amputados, surdos, surdo-cegos. Acabamos ficando com 10 modalidades: cavalgada, tirolesa, arvorismo, rapel, rafting, boia-cross, acqua ride, off-road, trekking e canoagem. Estudamos outras atividades, mas não apresentaram condições para a prática. Para cada um deles, usamos uma simbologia que indica se pode ser feita ou não e se precisa de adequação mínima ou moderada para cada tipo de deficiência.
RS: Precisou fazer muitas adaptações?
JF: Criamos cadeiras especiais para rafting e uma série de outras. O colete salva-vidas, por exemplo, boia e deixa a pessoa de barriga para baixo. Para um tetraplégico isso pode significar um afogamento se demorarmos para prestar socorro. Pedimos então para um fabricante desenvolver um modelo que faz a pessoa ficar de barriga para cima, boiando, enquanto espera a ajuda.
RS: Ainda virão outras modalidades?
JF: Começamos uma segunda fase do projeto com atividades que não entraram, como as aquáticas, com mergulho, e outras de ar, como parapente e asa delta. Temos agora a parceria da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (ABETA) e o respaldo da AVAPE. O projeto está sendo detalhado e já recebemos uma proposta de verba do Ministério do Turismo. Os testes devem começar até o final deste ano.
RS: Não foram somente os deficientes que ganharam, não é?
JF: Sim, a cidade de Socorro virou referência em acessibilidade no turismo e está adaptando vários pontos para receber bem os visitantes com deficiência. Mas ainda não acabamos a implantação do projeto Socorro Acessível.
RS: E todo esse investimento trouxe retorno?
JF: Eu pensei que este era um projeto social e que ia abdicar da parte financeira. Só que foi muito mais viável economicamente. O investimento todo já foi pago e sobrou. Poucos são os hotéis adaptados no país. Desde novembro do ano passado o hotel está lotado. E os deficientes vêm com a família para fazerem atividades juntos.
RS: Quantas pessoas trabalham nas empresas?
JF: Tenho 123 funcionários todos registrados. São 73 no Campo dos Sonhos e 50 no Hotel Aventura Parque dos Sonhos [parte do complexo de aventura], sendo dois deficientes. Tenho dificuldade em contratar mais pessoas deficientes porque a cidade é pequena
RS: E o retorno emocional?
JF: Não tenho palavras para descrever o que sinto ao ver a alegria destas pessoas ao conseguirem fazer coisas que não imaginavam. Um tetraplégico descendo de tirolesa é muito emocionante. Sofri uma mudança grande em minha vida e participei de algo inédito com um resultado humanitário. Com certeza, quero continuar a fazer mais por este público.
RS: Teve alguma situação ruim?
JF: Eu me decepcionei com hóspedes que rejeitaram a convivência com os deficientes. São pessoas que não estão preparadas para a inclusão. Felizmente, são raros estes casos


Onde encontrar

Hotel Fazenda Campo dos Sonhos
(19) 3895-3161
http://www.campodossonhos.com.br/
Hotel Aventura Parque dos Sonhos
(19) 3955-2870
http://www.parquedossonhos.com.br/