quinta-feira, 15 de julho de 2010

1º Seminário Catarinense de Turismo Acessível.

O seminário que acontecerá em setembro conta com pessoas envolvidas na democratização do turismo e suas atividades.
A Aventura Especial estará presente e fará uma palestra sobre o novo segmento "Turismo de Aventura Especial".

Mais Informações do evento: http://www.turismoacessivelsc.com.br/

segunda-feira, 17 de maio de 2010

5º Salão incentiva a produção científica sobre o turismo


13 livros especializados serão lançadas no Núcleo de Conhecimento

Brasília/DF (11/05/2010) - O Núcleo de Conhecimento, módulo do 5º. Salão do Turismo que acontece em São Paulo, de 26 a 30 de maio, é um espaço dedicado a apresentações, palestras, cursos, debates e também exposições e lançamentos de livros. Na edição deste ano, 13 obras especializadas serão lançadas no evento. O principal objetivo do Núcleo é a disseminação de conhecimentos sobre o turismo brasileiro e o debate das tendências do setor.
O Ministério do Turismo (MTur)desenvolve uma série de projetos voltados para a inclusão das pessoas com deficiência no turismo. Já temos casos de sucesso que podemos mostrar ao mundo, como o de Aventura Especial na cidade de Socorro, em São Paulo”, conta o diretor do Departamento de Estruturação e Ordenamento Turístico, Ricardo Moesch

segunda-feira, 10 de maio de 2010

ONGs E SUSTENTABILIDADE

Jorna a A Tarde do dia 06/05/2010,
que trata da sustentabilidade das ONGs, e cita algumas ONGs da Bahia.


Damien Hazard / Vida Brasil e ABONG

       Está acontecendo, nos bastidores da vida social e política brasileira, uma crise silenciosa, profunda e perversa, na qual a democracia só tem a perder. No centro: as ONGs brasileiras, cuja sustentabilidade está diretamente afetada e ameaçada.
       As primeiras entidades a se autodenominarem de organizações não-governamentais no Brasil surgiram no período da Ditadura Militar e se multiplicaram nas décadas seguintes. Muitas delas contribuíram significativamente para o processo de redemocratização do país, dando sentido aos termos cidadania, educação popular, participação política e direitos humanos. Lançaram luzes sobre grandes questões de violação de direitos, e fortaleceram as vozes de múltiplos segmentos excluídos da sociedade que passaram a se expressar como sujeitos (e não mais objetos) de direitos; estimularam então a criação e estruturação de redes; introduziram tecnologias sociais e ambientais inovadoras...
        O que seria, por exemplo, da Bahia e da sua dinâmica social e política, se não tivessem ocorrido ações de ONGs como a Cese no apoio a pequenos projetos, o Gapa-Ba no combate ao HIV/AIDS, o Sasop no campo da segurança alimentar, o Cria na abordagem da arte-educação, o Instituto Steve Biko, no acesso dos negros à universidade, a Vida Brasil na promoção da acessibilidade, o Cecup na articulação em torno dos direitos da criança e do adolescente, a Cipó na disseminação da educomunicação, a Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais na assessoria aos movimentos do campo ou ainda o Gamba na promoção de uma sociedade ambientalmente sustentável? Isso sem falar de numerosas entidades que, como elas, não só contribuíram para melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas, mas também têm se aliado às vozes de movimentos populares para defender a legitimidade dos direitos humanos, sociais, econômicos, culturais e ambientais de segmentos excluídos, contestando, muitas vezes, a pretendida legalidade do Estado utilizada em prol dos interesses das classes dominantes. Sem elas, sem dúvida, viveríamos numa sociedade menos justa e menos equiparada para enfrentar as desigualdades sociais...
      Quase todas as organizações desse campo, voltadas para o fortalecimento da democracia e a defesa dos direitos, hoje enfrentam grandes dificuldades para se manter. Pesquisa da ABONG- Associação Brasileira de ONGs, revela que 92% das suas associadas sofreram um corte de mais de 30% do seu orçamento entre 2004 e 2008, e 42% mais de 50% de redução! Essa situação prossegue, decorrendo em parte da retirada nesta década da cooperação internacional, que exercia até então um papel preponderante no financiamento, inclusive institucional, dessas organizações. Diante da imagem de país emergente capaz de financiar suas políticas sociais, as agências internacionais de desenvolvimento deslocaram-se para outras áreas do mundo mais pobres e julgadas prioritárias. É esquecer que o Brasil é tão rico quanto pobre e desigual. E que as condições internas ainda não foram dadas para que a sociedade civil brasileira possa exercer seu papel de controle social com autonomia.
        A maior lacuna é de uma legislação que possa ampliar o conceito de interesse público e regulamente o acesso aos fundos públicos com base em critérios transparentes e democráticos. A sua ausência reduz o papel das ONGs à execução de políticas governamentais, em condições extremamente restritivas: regras na administração dos financiamentos similares à da economia de mercado, burocracia e demora no repasse de recursos, ausência de apoio institucional... Favorece ainda o desvio de recursos públicos por governantes que incentivam a criação de organizações fictícias, e acaba manchando a imagem de organizações sérias e comprometidas com a transformação social.
São muitos os desafios para as ONGs brasileiras: evidenciar para sociedade que o interesse público ultrapassa o interesse governamental; para a mídia que o papel das organizações não é só social e de assistência e para o setor empresarial que responsabilidade social não é o mesmo que marketing social...

Damien Hazard, economista, coordenador da ONG Vida Brasil (unidade Salvador), e membro da direção executiva da Associação Brasileira de ONGs (ABONG)

sexta-feira, 7 de maio de 2010

sábado, 24 de abril de 2010

Aventura Especial: Socorro - SP Aventura Especial: Socorro - SP


Ministério do TurismoBrasil: Um País de Todos
Domingo, 25 de Abril de 2010

Original em : http://www.copa2014.turismo.gov.br/promocional/roteiros/aventura_especial_socorro.html

         Um paraíso do ecoturismo e do turismo de aventura encravado na Serra da Mantiqueira. Essa é a cidade de Socorro, integrante do Circuito das Águas Paulista, por possuir inúmeras fontes de águas minerais e propriedades medicinais. Além de todas as atrações naturais, a cidade ainda possui um considerável patrimônio histórico e cultural.
Outra coisa que merece destaque: o cuidado e o planejamento para as pessoas com deficiência. Numa iniciativa pioneira, o projeto Aventureiros Especiais, desenvolvido pela ONG Aventura Especial em conjunto com o Ministério do Turismo, criou diversas modalidades de turismo de aventura para esse público. Em decorrência dessas ações, outros projetos surgiram, como é o caso do projeto Socorro Acessível, que promoveu a adaptação de calçadas e edifícios públicos, proporcionando o acesso desses turistas com deficiência aos principais pontos da cidade. Essas iniciativas e a oferta de equipamentos adaptados para a prática do turismo de aventura deram um diferencial para Socorro, tornando-a assim uma referência no Brasil no segmento aventura especial.

Socorro
          Além do turismo de compra, o visitante tem acesso a uma vasta riqueza natural, onde é possível conhecer Centro de Turismo Rural Campo dos Sonhos e aproveitar o segmento de turismo de lazer, com várias modalidades de esportes radicais como o rafting, boia-cross, canyoning, trilhas, mountain biking, trilhas de jeep, asa delta, trike, etc.

Fonte Mtur

quinta-feira, 15 de abril de 2010

SETA 2010: Turismo de Aventura em debate




Evento acontece hoje e amanhã, incluindo nas discussões o segmento de aventura especial

Socorro/SP (15/04/2010) – A cidade paulista de Socorro, destino referência no segmento de aventura especial, recebe nos dias 15 e 16 de abril o I Seminário Estadual de Turismo de Aventura – SETA 2010. O evento contará com palestrantes do Ministério do Turismo (MTur), da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (ABETA), da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e da Secretaria de Esportes, Lazer e Turismo do Estado.
As palestras serão realizadas no Auditório do Centro Administrativo Municipal de Socorro. Os participantes farão visitas técnicas ao Parque dos Sonhos, complexo que reúne atividades de aventura em meio à natureza. O parque tem como diferencial a oferta de atividades adaptadas a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, atuando de acordo com padrões e normas da ABNT.
O SETA visa disseminar a boa prática segura do Turismo de Aventura para todos os tipos de turistas e em todas as cidades que operam esse segmento de turismo em São Paulo. Com o intuito de sensibilizar e capacitar atores locais e estaduais, o seminário irá proporcionar o conhecimento e promover a integração para troca de experiências entre as cidades do Estado.
Socorro está entre os dez destinos turísticos brasileiros que fazem parte do projeto Destinos Referência em Segmentos Turísticos. Por meio do projeto, a Estância Hidromineral está sendo estruturada para se tornar referência no segmento Aventura Especial. De 2006 a 2008, o MTur destinou R$ 1,73 milhão para obras de infraestrutura turística, cursos de qualificação profissional, adaptações em passeios, dentre outros.
A cidade também está inserida no programa Aventura Segura, desenvolvido em parceria com a Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta) e o Sebrae. O programa é voltado para o fortalecimento, qualificação e estruturação do Ecoturismo e Turismo de Aventura no Brasil.

Mais informações para a imprensa
Assessoria de Comunicação do MTur
imprensa@turismo.gov.br
(61) 2023 7055
Siga o turismo no Twitter: www.twitter.com/MTurismo

Palestra Gratuita na REATECH Sexta feira dia 16/04/2010


16 de Abril de 2010 - AUDITÓRIO EXPOSITORES - 03

17h00 às 18h00

 
Palestra: Turismo de Aventura Especial
DADÁ MOREIRA, formado em direito, jornalismo e fotógrafo profissional e há 14 anos sofre com o sintomas de Ataxia (SCA7), problema neurológico que afeta o equilíbrio, a coordenação motora fina, fala e visão, conta como a ONG Aventura Especial iniciou o pioneiro trabalho de inclusão da pessoa com deficiencia no Turismo de Aventura e recebeu o reconhecimento do Ministério do turismo como segmento Turismo de Aventura Especial.

Dadá Moreira fará nessa palestra uma chamada para o lançamento do seu livro "Turismo de Aventura Especial"


 

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Turismo adaptado é tema de livro

Lançamento acontecerá entre os dias 15 e 18 de abril no Centro de Exposições Imigrantes
Ver original em:  http://www.adventurefair.com.br/novo/noticias/destaques.asp?id=252



Dadá Moreira, um dos responsáveis pelo atual foco da Adventure Sports Fair na questão da acessibilidade, lançará o livro Turismo de Aventura Especial: História do Turismo de Aventura Adaptado na feira Reatech (Feira Internacional de Tecnologias de Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade), que acontecerá entre os dias 15 e 18 de abril no Centro de Exposições Imigrantes.
Na obra, Dadá conta como a superação de limites em contato com a natureza tornou-se o principal meio de reintegração social e reabilitação na luta contra sua deficiência e como “Aventura Especial”, mais que o nome da ONG, passou a denominar um novo segmento turístico, hoje tido pelas políticas do Ministério do Turismo como prioritário para o desenvolvimento e promoção nacional e internacional. Na segunda parte, traz um guia ensinando como atender e adaptar as atividades de aventura.
Desde sua primeira edição a Adventure Sports Fair se preocupa com a inclusão de pessoas com deficiência nos esportes de aventura. Em 2005 conheceu o trabalho da ONG Aventura Especial e, desde então, apóia seu projeto de acessibilidade.
No último ano, a feira realizou diversas ações para facilitar a visitação de deficientes, tais como entrada preferencial, bilheterias com balcões mais baixos para cadeirantes, mesas apropriadas na praça de alimentação, banheiros adaptados, vagas reservadas no estacionamento, telefones acessíveis, serviço de táxi adaptado e intérpretes de libras em horários determinados. Além disso, piso tátil alerta/direcional foi utilizado para indicar a presença de mapas táteis.
O evento contou, também, com sinalizações em braile, mostra de equipamentos apropriados, como telefones para surdos (TPS) e despertadores, e áreas às ONGs relacionadas ao tema. Por fim, houve a adaptação de algumas atividades, criando a tirolesa acessível, o caminho de trilha para cadeirantes, os passeios de charrete e bike adaptados e o sorteio de curso de navegação para treking.
Mais informações sobre a ONG no site www.aventuraespecial.org.br

quinta-feira, 8 de abril de 2010

O SETA contará com palestras e visitas técnicas visando disseminar a boa prática e a prática segura do Turismo de Aventura para todos os tipos de turistas e em todas as cidades que operam esse segmento de turismo no Estado de São Paulo

Notícias


5/4/2010
Fonte: http://www.cidadespaulistas.com.br/not/not.asp?c=4447
Socorro: 1º Seminário Estadual de Turismo de Aventura de Socorro

Dias 15 e 16 de Abril de 2010 no Auditório do Centro Administrativo Municipal de Socorro – Av. José Maria de Faria, 71 – B. do Salto – CEP 13960-000
Programação do evento:
15/04/10 – 08h30 – Confirmação de Inscrição e distribuição dos crachás 09h00 - Cerimônia de abertura no Auditório do Centro Administrativo Municipal de Socorro / SP. 09h30 – Palestra pela ABETA – Associação Brasileira das Empresas de Turismo de Aventura com o tema – Programa Aventura Segura; 10h30 – Coffee Break; 11h00 – Palestra pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas com o tema – Normas em Turismo com destaque para as normas que atingem o segmento de Turismo de Aventura; 12h00 – Almoço Livre; 14h00 – Palestra sobre elaboração de projetos para a SELT – Secretaria de Esportes, Lazer e Turismo do Estado de São Paulo; 15h00 – Palestra sobre Leis Municipais voltadas ao Turismo com destaque ao segmento do Turismo de Aventura; 15h30 – Coffee Break 16h00 – Debate sobre a situação atual do Turismo de Aventura no Estado de São Paulo; 17h00 – Encerramento do Primeiro dia com noite livre; 16/04/10 – 09h00 – Palestra sobre o Projeto Aventureiros Especiais 10h00 – Case de Sucesso – A Experiência de Socorro; 10h30 – Coffe Break 11h00 – Encerramento das Palestras 11h30 – Saída para Almoço 12h30 - Visita Técnica no Parque dos Sonhos (Parque que além das atividades adaptadas, atua nos padrões e normas da ABNT) 15h30 – Encerramento da visita e do seminário.
II – METAS A SEREM ATINGIDAS:
Trazer para o SETA em Socorro as cidades paulistas que atuam ou pretendem atuar no segmento de Turismo de Aventura com a meta de sensibilizá-los sobre a importância da prática segura do Turismo de Aventura para o desenvolvimento do Turismo nas cidades alvo e fazendo assim que o Estado de São Paulo ganhe um destaque Nacional no segmento. Estarão disponíveis para o evento 200 vagas, podendo chegar até no máximo a 250 vagas, sendo 60% voltada a agentes públicos e 40% a entidades privadas, sendo a ordem de inscrição o critério de seleção. No caso de desistência, as inscrições seguintes serão aceitas.



Objetivos específicos:
1. Sensibilizar Prefeitos e Secretários de Turismo das cidades sobre a importância da Prática segura do Turismo de Aventura; 2. Capacitar os Prefeitos e Secretários de Turismo sobre os aspectos legais da prática do segmento do Turismo de Aventura; 3. Capacitar os Prefeitos e Secretário a elaboração correta das propostas projeto para as SELT; 4. Proporcionar conhecimento com a realidade de case de sucesso; 5. Promover integração entre as cidades para facilitar a troca de experiências; 6. Promover condições para que o Estado de São Paulo ocupe um lugar de destaque no cenário nacional, no segmento de Turismo de Aventura;

Telefones úteis: • Rodoviária (19) 3895-1746 • Departamento de Turismo (19) 3855-9634 • Táxi (19) 3895-1289 / 3895-1262 / 3895-1364 / 3895-5088.
Favor fazer inscrição pelo site: www.socorro.sp.gov.br/inscricao até dia 12/04
Autor: Elaine Papoy

Fonte: Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo do Estado de São Paulo

Turismo de Aventura Especial: livro conta a história do novo segmento que oferece atividades de aventura para pessoas com deficiência

O jornalista e fotógrafo Dadá Moreira lançará na feira Reatech o livro “Turismo de Aventura Especial – História do Turismo de Aventura Adaptado”, onde conta como a superação de limites em contato com a natureza tornou-se o principal meio de reintegração social e reabilitação na luta contra sua deficiência e como “Aventura Especial”, mais que o nome de da Ong, passou a denominar um novo segmento turístico, hoje tido pelas políticas co Ministério do Turismo como prioritário para desenvolvimento e promoção nacional e internacional. Na segunda parte, traz um GUIA ensinando como atender e adaptar as atividades de aventura.
Aos 30 anos, debilitado pelos sintomas de uma doença degenerativa sem cura chamada ataxia – que compromete a coordenação motora, fala e visão - Dada viu sua vida pessoal e profissional se desmoronar, mas decidiu dar a volta por cima, buscou recondicionamento físico e começou a encarar os desafios dos esportes de aventura. “Foi um novo horizonte que se abriu. Voltar a sentir prazer com o corpo, a interagir com as pessoas e superar limites resgatou minha auto-estima e se tornou uma fisioterapia natural. Recuperei movimentos e funções que a medicina tradicional dizia serem impossíveis de se recuperar. Retribuo muito disso à reabilitação psicológica que as atividades de aventura oferecem a uma pessoa que havia perdido as esperanças, como eu.”, declara.
Depois das primeiras experiências, ao procurar serviços especializados e constatar que não havia nenhum tipo de referências sobre adaptações em atividades de aventura e ecoturismo, criou a Ong Aventura Especial, uma iniciativa de sensibilizar a indústria do turismo para a questão da acessibilidade, estudar formas de adaptar as modalidades para pessoas com diversas deficiências e fomentar um nicho de mercado até então inexplorado.
Em 2005 o Ministério do Turismo, reconhecendo as necessidades de profissionalização e desenvolvimento do setor, apoiou o “Projeto Aventureiros Especiais”, criado e realizado pela Ong, e em 2009 reconheceu o “Turismo de Aventura Especial” como novo segmento.


VIII Reatech – Feira Internacional de Tecnologias de Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade

Data: 15 a 18 de Abril de 2010

Local: Centro de Exposições Imigrantes

Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5 - São Paulo – SP
Horários: Quinta e Sexta das 13hs às 21hs/Sábado e Domingo das 10hs às 19hs.
Visitação Gratuita
http://www.reatech.tmp.br/
Mais Informações para a imprensa:

Vanessa Rodrigues Bastos

(11)9574-9265

htpp://aventuraespecial.org.br

sexta-feira, 26 de março de 2010

VÍDEO: Nesse Social Clube conheça o Parque dos Sonhos. Entre no mundo dos "Zezinhos". Os vencedores do Prêmio Causos do ECA e os Núcleos Jovem do IEE




por Redação Social Clube
Ver original http://espnbrasil.terra.com.br/socialclube/noticia/99789_VIDEO+NESSE+SOCIAL+CLUBE+CONHECA+O+PARQUE+DOS+SONHOS+ENTRE+NO+MUNDO+DOS+ZEZINHOS+OS+VENCEDORES+DO+PREMIO+CAUSOS+DO+ECA+E+OS+NUCLEOS+JOVEM+DO+IEE
Fique ligado, porque a temporada 2010 está começando e o Social Clube tem mais um programa na internet pra você.

Nesse Social Clube você vai conhecer o Parque dos Sonhos. Em socorro, a 130 km da capital São Paulo, o Parque serve de modelo e junto com a ONG Aventura Especial, que trabalha para a inclusão de mais de 26 milhões de pessoas no Brasil com algum tipo de deficiência, deu o primeiro passo. No Projeto Aventureiros Especiais, em convênio com o Ministério do Turismo, a idéia é ampliar as possibilidades de lazer com segurança através do esporte de aventura.
Dadá Moreira é um desses eternos aventureiros. Cheio de histórias para contar, já pulou de paraquedas sob as lentes da ESPN e mostrou para o Social Clube que o Turismo de Aventura trouxe um novo significado a vida de muita gente. Idealizador do projeto, acredita no direito de ir e vir para todos.
Um milhão e meio de pessoas moram na zona sul de São Paulo. Na cidade mais populosa da América Latina, a periferia luta pelos direitos, pela educação, pelo lazer. Para retratar as histórias desse lugar, a Casa do Zezinho resolveu tirar a essência da realidade das favelas e lançou no final de 2009 “Zezinhos”. O livro é uma visão conduzida pelos verdadeiros Zezinhos. Uma leitura da vida, no dia a dia desses meninos e meninas
Saiba mais sobre os núcleos de jovens, do IEE - Instituto Esporte e Educação. No início, o foco era a criança, mas com o tempo, as crianças cresceram. Foi aí que, em 2004, o IEE começou a pensar e a colocar em prática projetos direcionados ao jovem.
E o prêmio “Causos do Eca” mostra a vivência de brasileiros que descobriram soluções no estatuto da criança e do adolescente. O prêmio de 2009 foi entregue na sala São Paulo, e teve uma novidade. Vídeos de todo o Brasil também foram avaliados. “Transformando vidas”, do diretor Ricardo Paiva, ficou com o primeiro lugar na categoria “ECA - Instrumento de Transformação”. Na seleção de texto, Sueli Pereira em “Um Sonho pelo Direito Garantido” levou a primeira colocação. Na categoria “ECA na Escola”, “A Aula de Ana Lúcia”, de Talitha Barbosa foi o grande vencedor. E com o vídeo “A Vida é uma Invenção”, Mariana Miceli ficou em primeiro lugar.
Social Clube, Jornalismo Integrado ao Desenvolvimento Humano

quinta-feira, 25 de março de 2010

Brasil apresenta experiência em turismo acessível em Moçambique

Publicada em 17 de março de 2010 - 10:15
Imagem Arquivo Aventura Especial

Dadá Moreira e Scott Rains - Moçambique

O Ministério do Turismo (MTur) Representado pela ONG Aventura Especial e José Fernandez apresentou, em Maputo, capital de Moçambique, a experiência brasileira em acessibilidade para o turismo. Essa apresentação foi realizada durante o Seminário Regional de Acessibilidade e Meio Ambiente, realizado no início deste mês com a participação de mais de 20 países de língua portuguesa.


Dadá Moreira (Aventura Especial)

“O Ministério desenvolve uma série de projetos voltados para a inclusão no turismo das pessoas com deficiência. Já temos casos de sucesso que podemos mostrar ao mundo, como o de Aventura Especial na cidade de Socorro, em São Paulo”, conta o diretor do Departamento de Estruturação e Ordenamento Turístico, Ricardo Moesch, que representou o MTur no evento.
Socorro (SP) é um dos destinos turísticos que fazem parte do projeto 10 Destinos Referência em Segmentos Turísticos do MTur. O projeto de adaptação de meios de hospedagem, restaurantes e atrativos turísticos da cidade para pessoas com deficiência também foi apresentado na África.

José Fernandes Franco

“Em 2009, houve um aumento de 20% nas operações de Turismo de Aventura em Socorro, com relação a 2008”, afirma o diretor do Conselho de Turismo do município, José Fernandes Franco, confirmando o sucesso do projeto. A cidade chamou atenção também dos organizadores da Copa de 2014 e das Olimpíadas 2016, eventos que exigem cumprimento de normas de acessibilidade nas instalações esportivas.
O MTur distribuiu para os participantes do evento as quatro cartilhas que compõem a coleção “Turismo Acessível”. Cada volume é dedicado a um tema: “Introdução a uma Viagem de Inclusão”; “Mapeamento e Planejamento – Acessibilidade em Destinos Turísticos”; “Bem Atender no Turismo Acessível” e “Bem Atender no Turismo de Aventura Adaptada”. Foi um sucesso!



Fonte: EcoViagem

Projeto de aventura especial e adaptação de equipamentos turísticos para pessoas portadoras de deficiência estão entre as prioridades do governo

Projeto de aventura especial e adaptação de equipamentos turísticos para pessoas portadoras de deficiência estão entre as prioridades do governo


Dadá Moreira e Ricardo Moesch

15 de Março de 2010. Publicado por Equipe EcoViagem
Ver original http://ecoviagem.uol.com.br/noticias/turismo/acessibilidade-no-turismo/mtur-apresenta-experiencia-de-acessibilidade-na-africa-11528.asp

O Ministério do Turismo (MTur) apresentou, em Maputo, capital de Moçambique, a experiência brasileira em acessibilidade para o turismo. Foi no Seminário Regional de Acessibilidade e Meio Ambiente, realizado no início deste mês com a participação de mais de 20 países de língua portuguesa.
“O Ministério desenvolve uma série de projetos voltados para a inclusão das pessoas com deficiência no turismo. Já temos casos de sucesso que podemos mostrar ao mundo, como o de Aventura Especial na cidade de Socorro, em São Paulo”, conta o diretor do Departamento de Estruturação e Ordenamento Turístico, Ricardo Moesch, que representou o MTur no evento.
Socorro (SP) é um dos destinos turísticos que fazem parte do projeto 10 Destinos Referência em Segmentos Turísticos do MTur. O projeto de adaptação de meios de hospedagem, restaurantes e atrativos turísticos da cidade para pessoas com deficiência também foi apresentado na África.
“Em 2009, houve um aumento de 20% nas operações de Turismo de Aventura em Socorro, com relação a 2008”, afirma o diretor do Conselho de Turismo do município, José Fernandes Franco, confirmando o sucesso do projeto. A cidade chamou atenção também dos organizadores da Copa de 2014 e das Olimpíadas 2016, eventos que exigem cumprimento de normas de acessibilidade nas instalações esportivas.
O MTur distribuiu para os participantes do evento as quatro cartilhas que compõem a coleção “Turismo Acessível”. Cada volume é dedicado a um tema: “Introdução a uma Viagem de Inclusão”; “Mapeamento e Planejamento – Acessibilidade em Destinos Turísticos”; “Bem Atender no Turismo Acessível” e “Bem Atender no Turismo de Aventura Adaptada”. Foi um sucesso!
Fonte: MTur

quarta-feira, 24 de março de 2010

Destino referência em Turismo de Aventura Especial receberá visita da Secretaria Especial da Copa 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016

Publicado em  01 março 2010 por Evento em Foco
Ver original http://eventoemfoco.wordpress.com/2010/03/01/destino-referencia-em-turismo-de-aventura-especial-recebera-visita-da-secretaria-especial-da-copa-2014-e-dos-jogos-olimpicos-de-2016/
Em março, representantes da Secretaria Especial da Copa 2014 e Rio 2016 farão uma missão técnica em Socorro (SP) para conhecer a implementação da acessibilidade nos meios de hospedagem, restaurantes e atrativos turísticos. A visita deverá durar dois dias, em data ainda a ser definida. Também estarão presentes representantes do MTur, Sebrae e da Federação Nacional das Associações de Valorização da Pessoa com Deficiência.
Desde 2006, o município de Socorro (SP) está sendo estruturado, com apoio do Ministério do Turismo (MTur), para ser referência no segmento de Turismo de Aventura Especial, por meio do projeto Socorro Acessível, no âmbito do projeto Destinos Referência em Segmentos Turísticos. A cidade também está inserida no programa Aventura Segura, desenvolvido em parceria com a Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta) e o Sebrae, que é voltado para o fortalecimento, qualificação e estruturação do Ecoturismo e Turismo de Aventura no Brasil.
Na oportunidade, os integrantes da missão também farão atividades adaptadas e participarão de um “jantar às cegas”, que vai simular a refeição de um deficiente visual. A iniciativa deverá contribuir para que os dois eventos mundiais estejam preparados para receber os visitantes com necessidades especiais.



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terça-feira, 23 de março de 2010

CIDADE DO INTERIOR DE SAO PAULO ADAPTA TURISMO DE AVENTURA PARA INCLUIR PPNE

quarta-feira, 9 setembro, 2009 - 14:25


Mais de 20 anos após a Constituiçao Cidada de 1988, o Município de Socorro, no interior de Sao Paulo, em parceria com o Ministerio do Turismo, assumiu a missão de tornar-se o primeiro destino turístico no país apto a incluir os portadores de necessidades especiais no seu quadro de visitantes.
A ONG Aventura Especial, em parceria com o Ministério do Turismo, elaborou o projeto Aventureiros Especiais, e reunindo pessoas com necessidades físicas, sensoriais, mentais e múltiplas, realizaram testes em diversas modalidades de esportes de aventura tais como rapel, rafting, tirolesa, bóia-cross, acqua-ride e off-road com o intuito de apurar as necessidades de adaptações e condutas a serem seguidas pelos profissionais do turismo.
Acompanhados por uma equipe multidisciplinar de treze profissionais, entre integrantes da ONG Aventura Especial, fisioterapeutas, médicos e voluntários, foram identificadas as adaptações necessárias para incluir este publico especial na prática destas atividades outrora exclusivas para aventureiros em plenas condições físicas, sensoriais e mentais.
Além das adaptações físicas, como o desenvolvimento de uma cadeirinha para técnicas verticais e um colete e uma cadeira para o bote de rafting (específicos para pessoas sem mobilidade no tronco) também foram criadas condutas e procedimentos de comunicação alternativa, para interagir com as pessoas com necessidades sensoriais antes e durante as atividades.
Com o objetivo de disseminar os conhecimentos adquiridos com todas estas experiências e implantar as adaptações em outros destinos, a Aventura Especial oferece palestras e cursos de capacitação.
Mais informações



Contato para entrevista com Dadá Moreira Cel 11 99462593 ou contato@aventuraespecial.org.br

Aventura Especial www.aventuraespecial.org.br
Informações adicionais com:
Comissão de Acessibilidade - 9610 0623
Prefeitura Municipal de Socorro - Contato no Rodapé
AVAPE - 11 - 9533 2608
ONG - Aventura Especial - 11 - 9946-2593
COMTUR - Socorro - 3855 9600
ACE - Associação Comercial de Socorro - 3895 3044



Comissão de Acessibilidade de Socorro

Prefeitura Municipal da Estância de Socorro
Projeto Socorro Acessível
Av. José Maria de Faria, 71 - Bairro Bruna Maria
Socorro - SP - CEP 13960-000 - Fone: 19 3855 9600 - Fax: 3895 3304
socorroacessivel@socorro.sp.gov.br - www.socorro.sp.gov.br
Fonte: http://www.cidadedesocorro.com.br/aventuraespecial.asp
Pesquisado pela voluntária online Vivian Cintra, advogada, 07 de Setembro de 2009.

ONG AVENTURA ESPECIAL E MINISTÉRIO DO TURISMO IDENTIFICAM ADAPTAÇÕES PARA INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA NO TURISMO DE AVENTURA

Ver original http://www.bas.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=142&Itemid=113


A ONG Aventura Especial (www.aventuraespecial.org.br) trabalha para a inclusão de mais de 26 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, só no Brasil, no fascinante mundo do ecoturismo e do turismo de aventura.
O primeiro passo foi dado graças à realização do projeto Aventureiros Especiais, em convênio com o Ministério do Turismo, quando foram feitos vários testes de campo reunindo pessoas com deficiências física, sensorial, mental e múltipla. Entre eles, um amputado, um paraplégico, um tetraplégico, um visual, um surdocego, um com paralisia cerebral, um atáxico e um com Síndrome de Down. Todos praticaram modalidades de aventura, como rapel, rafting, tirolesa, bóia-cross, acqua-ride e off-road, com o intuito de apurar as necessidades de adaptações e condutas a serem seguidas pelos profissionais do turismo.
Acompanhados por uma equipe multidisciplinar de treze profissionais, entre integrantes da ONG Aventura Especial, fisioterapeutas, médicos e voluntários, foram levantadas as adaptações necessárias para viabilizar a prática das atividades por esse imenso público até então abandonado.
Além das adaptações físicas, como o desenvolvimento de uma cadeirinha para técnicas verticais e um colete e uma cadeira para o bote de rafting (específicos para pessoas sem mobilidade no tronco), também foram criados condutas e procedimentos de comunicação alternativa para interagir com as pessoas com deficiências sensoriais, antes e durante as atividades.
A formatação desse novo produto turístico adaptado representa um estudo de campo inédito, que fará do Brasil referência internacional de turismo de aventura adaptado, acredita o jornalista e fotógrafo Dadá Moreira, fundador e presidente da ONG.
Os testes foram realizados na cidade de Socorro, a 130 km da capital, que será o primeiro destino totalmente adaptado do país, servindo de modelo para que outros municípios se adaptem. Além das atividades e pontos turísticos, a estância também está adaptando sua infra-estrutura de produtos e serviços.
Com o objetivo de disseminar os conhecimentos adquiridos com todas essas experiências e implantar as adaptações em outros destinos, a Aventura Especial oferece palestras e cursos de capacitação para ensinar os procedimentos adequados para um receptivo que possa atender esse novo nicho de mercado com qualificação. Para solicitar basta enviar um e-mail para contato@aventuraespecial.org.br
Mais informações acesse: www.aventuraespecial.org.br.

Caso de sucesso em aventura especial

Noticias



Tradicional roteiro de turismo de aventura paulista, a Estância Hidromineral de Socorro, a 132 quilômetros de São Paulo, está em vias de se tornar o principal destino de aventura especial do Brasil. No início de 2009, a cidade localizada no Circuito das Águas, vai ganhar equipamentos públicos adaptados para a recepção e prestação de serviços adequados aos portadores de deficiências físicas e motoras.


Tradicional roteiro de turismo de aventura paulista, a Estância Hidromineral de Socorro, a 132 quilômetros de São Paulo, está em vias de se tornar o principal destino de aventura especial do Brasil. No início de 2009, a cidade localizada no Circuito das Águas, vai ganhar equipamentos públicos adaptados para a recepção e prestação de serviços adequados aos portadores de deficiências físicas e motoras.
Socorro é um caso de sucesso do projeto de Estruturação de 10 Destinos Referência em Segmentos Turísticos, do Ministério do Turismo. Com investimento de R$ 1,5 milhão estão sendo adaptados calçamentos e construídos banheiros e rampas de acesso para cadeirantes, demarcadas vagas de estacionamento para motoristas especiais e instalados semáforos sonoros para deficientes visuais. São benfeitorias em curso em nove pontos da cidade, como o Horto Florestal, o Centro de Eventos, o centro histórico e o Palácio das Águias, sede do governo municipal.
O projeto contempla também a adaptação para a prática de esportes e outras atividades. Tirolesa, arvorismo, rapel, fora-de-estrada, caminhada de curta duração, cavalgada, rafting, são algumas delas. “É muito gratificante ver um pequeno projeto de inclusão social, voltado para atender a pessoas com deficiência, se desenvolver e transformar o município em um destino acessível universalmente”, comemora a diretora do Departamento de Articulação, Estruturação e Ordenamento Turístico do MTur, Tânia Brizolla.
Depois de quatro anos de trabalho, Socorro chega ao final de 2008 com um número crescente de hotéis, restaurantes e logradouros públicos adaptados ou em fase de adaptação. Estimulados pelo projeto do MTur, empresários locais investiram para transformar seus negócios. É o caso dos hotéis-fazenda Campos dos Sonhos e Parque dos Sonhos, que recebem em torno de 12 mil visitantes por ano. Depois das adaptações, iniciadas no ano passado, as taxas mensais de ocupação nos dois empreendimentos tiveram incremento de até 45%. Os portadores de deficiência já representam 8% da freqüência.
O trabalho realizado nos dois empreendimentos rendeu ao proprietário José Fernandes Franco o Prêmio Superação Empresarial 2008 – Categoria Serviços de Turismo, promovido pelo Sebrae/SP e outras entidades. “Os auditores do prêmio disseram que o fator de maior peso na avaliação dos hotéis foi a adaptação para receber deficientes”, contou o empresário. A um custo de R$ 300 mil, Franco equipou seus hotéis com telefones para surdos, cardápios e placas em braile, pisos e rampas de acesso. Além disso, os cem funcionários passaram por programas de qualificação promovidos pelo MTur.
O destino de Socorro vem sendo traçado pela parceria entre os governos federal, estadual e municipal, empresas e entidades do terceiro setor. Por isso, o projeto é considerado um caso de sucesso. “O ministério investiu em obras, capacitação, implementação de normas técnicas, formação de grupos de gestão. O município agora tem autonomia e conta com uma rede de parceiros capaz de fazer o gerenciamento deste processo de estruturação”, diz Tânia Brizolla.
O projeto Socorro Destino Referência em Turismo Especial é uma parceria entre o MTur, o Instituto Casa Brasil de Cultura (ICBC), a prefeitura local e a Associação para Valorização e Promoção de Excepcionais e Associação Brasileira de Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta). A expectativa é que o projeto avance em 2009, ampliando as possibilidades de atendimento a tipos de deficiências ainda não contemplados. Socorro será também um dos produtos em exposição no Salão do Turismo 2009 e objeto de campanha de promoção direcionada ao consumidor de aventura especial.

Aventura Especial: Socorro - SP

Estado(s): São Paulo.
Tema(s): Aventura.
Terça-Feira, 6 de Março de 2010
Ver original http://www.turismobrasil.gov.br/promocional/roteiros/aventura_especial_socorro.html




Um paraíso do ecoturismo e do turismo de aventura encravado na Serra da Mantiqueira. Essa é a cidade de Socorro, integrante do Circuito das Águas Paulista, por possuir inúmeras fontes de águas minerais e propriedades medicinais. Além de todas as atrações naturais, a cidade ainda possui um considerável patrimônio histórico e cultural.
Outra coisa que merece destaque: o cuidado e o planejamento para as pessoas com deficiência. Numa iniciativa pioneira, o projeto Aventureiros Especiais, desenvolvido pela ONG Aventura Especial em conjunto com o Ministério do Turismo, criou diversas modalidades de turismo de aventura para esse público. Em decorrência dessas ações, outros projetos surgiram, como é o caso do projeto Socorro Acessível, que promoveu a adaptação de calçadas e edifícios públicos, proporcionando o acesso desses turistas com deficiência aos principais pontos da cidade. Essas iniciativas e a oferta de equipamentos adaptados para a prática do turismo de aventura deram um diferencial para Socorro, tornando-a assim uma referência no Brasil no segmento aventura especial

segunda-feira, 22 de março de 2010

Socorro obtém destaque na oitava edição da Adventure Sports Fair

Socorro, sexta-feira, 01 de setembro de 2006
Jornal Oficial de Socorro

Pagina 4
Turismo
Ver original  http://www.socorro.sp.gov.br/up_anexos/1920064130Jornal%20Oficial%20de%20Socorro-Edi%C3%A7%C3%A3o%20N%C2%BA7.pdf



Mais uma vez Socorro participou com destaque da Adventure Sports Fair, maior feira da América Latina no mercado de esportes e turismo de aventura, realizada de 23 a 27 de agosto, na Bienal do Ibirapuera, em São Paulo. Em sua oitava edição, que registrou cerca de 70 mil visitantes, a cidade esteve presente através de uma parceria da Prefeitura Municipal, Comtur – Conselho Municipal de Turismo, agências e operadoras de turismo de aventura, hotéis, pousadas,turismo de compras, bares, restaurantes e serviços. Especialmente para o evento foram confeccionados e distribuídos novos folders e realizados sorteios de oito atividades de esportes de aventura. Além da divulgação da Estância como destino turístico, a cidade foi destaque no 3º Simpósio de Certificação em Turismo de Aventura, através da participação da Ong Aventura Especial, que divulgou Socorro como cidade sede do projeto piloto que incentiva a prática de esportes de aventura a portadores de necessidades especiais - PNEs.
Na palestra ‘Turismo de Aventura e Acessibilidade – Projeto Aventureiros Especiais’, Dadá Moreira, fundador da Ong, lembrou que o Brasil possui cerca de 24,5 milhões de pessoas portadoras de deficiência física e que a Ong, em parceria com o Ministério do Turismo, pretende promover a inclusão desse público nas atividades de ecoturismo e turismo de aventura. Para ilustrar o trabalho em desenvolvimento, foi exibido um vídeo com diversas etapas do projeto, realizadas desde 2005 em Socorro, incluindo o depoimento de praticantes e empresários, que cederam suas bases de aventura e promoveram apoio logístico para a prática de esportes como arborismo, trilha de jipe, rafting, bóia cross, tirolesa e rapel, demonstrando total interesse em adaptar seus espaços e pessoal à recepção dos deficientes físicos. A Prefeitura de Socorro também vem adaptando suas obras às normas de acessibilidade a PNEs. No encerramento, Dadá Moreira afirmou que “Em Socorro, o que estamos vendo é que os empresários e a Prefeitura estão com boa vontade e, se Deus quiser, Socorro vai ser a cidade modelo para todos os municípios, trazendo turistas nacionais e estrangeiros que buscam um destino adaptado. O esforço em conjunto vai ser bom para a cidade, para os empresários, para todo mundo”.
A Adventure Sports Fair se consolidou como o maior pólo de negociações do mercado de aventura no país, voltado ao trade e ao público em geral. Segundo a organização do evento, a estimativa é de que esta edição gere um volume de negócios na casa de R$ 90 milhões, 6% superior ao registrado no último ano.

10/02/2010- ONG Aventura Especial / Socorro – SP

Visite maonarodablog.com.br

Eduardo Camara





Socorro é uma pequena cidade do interior de São Paulo conhecida por oferecer diversas oportunidades para a prática de esportes de aventura como mountain biking, rafting, trekking e arborismo, entre outros. Tá, mas o que um cadeirante vai fazer num lugar desses? Graças à iniciativa da prefeitura local, empresários e da ONG Aventural Especial, MUITA COISA!
A ONG, presidida por Dadá Moreira – ele mesmo pessoa com deficiência – e especializada em promover a prática de esportes de aventura adaptados, prestou consultoria à cidade de Socorro para que diversos locais e atividades pudessem ser adaptadas. O resultado é simplesmente fantástico e percebido antes mesmo de chegar à cidade. Na estrada, já há placas com o símbolo de acessibilidade, mostrando que o destino é acessível. O portal de entrada da cidade, onde há um centro de informações turísticas, tem rampas e diversas vagas de estacionamento especiais bem demarcadas. Para hospedagem, há ainda uma boa quantidade de hotéis com quartos adaptados.
O projeto que melhorou a acessibilidade em Socorro teve patrocínio, também, do Ministério do Turismo. Para você saber mais sobre Socorro e também sobre o trabalho da ONG Aventural Especial, colocamos alguns vídeos logo abaixo.



ONG Aventura Especial


www.aventuraespecial.org.br
Fonte: maonarodablog.com.br

Primeiros passos para a acessibilidade


Para a edição de 2009, a Adventure Fair começa a se adaptar para receber pessoas com deficiências físicas




Na edição deste ano da Adventure Fair - que acontece entre 10 e 13 de setembro de 2009 - algumas ações serão realizadas para que o evento seja gradativamente acessível às pessoas que têm alguma deficiência física.

“Além de existir uma lei federal que obriga todos os espaços públicos a se adaptarem à acessibilidade, na verdade tomamos essas medidas ao sabermos que 13% dos brasileiros possuem algum tipo de deficiência que atrapalha na locomoção”, explica Sérgio Franco, sócio-fundador do evento.
Algumas dessas transformações na montagem da feira favorecem aos cadeirantes: haverá balcões de atendimento e entrada preferenciais, também alguns banheiros acessíveis e sinalizados e orelhões acessíveis.
Também existirá um orelhão para surdos (TPS) e sinalização em braile na porta do pavilhão para os deficientes visuais e em todos os banheiros. No percurso da feira, haverá piso tátil alerta/direcional, indicando a presença de mapa tátil naquele ponto.
No estacionamento do pavilhão e nas praças de alimentação haverá lugares reservados para deficientes.
Algumas atrações poderão receber deficientes, como a tirolesa e uma trilha com carrinho acessível, passeio de bike adaptada, passeio de charrete adaptada e sorteios de cursos gratuitos de navegação para pessoas com deficiências (veja regulamento clicando aqui).
Ainda haverá mostra de equipamentos adaptados para a prática da aventura e estandes de ONGs relacionados ao tema. E na Praça dos Aventureiros, espaço de eventos da feira, haverá a presença de esportistas com deficiências físicas, contando suas experiências de vida.
“Também estamos fazendo um trabalho de recomendação aos expositores para que adaptem seus estandes em prol dessas pessoas, como por exemplo, colocando rampas de acesso aos cadeirantes”, conta Sérgio.
Ele também explica que em 2009 o evento ainda não vai conseguir ser 100% acessível (por exemplo, nem todos os estandes estarão adaptados), mas que o objetivo é este para as próximas edições.
As ações de acessibilidade na feira têm parceria da Avape, Revista Sentidos, Casa do Braille, Iape, Koller, Vanzetti, Instituto Via Viva, Parque dos Sonhos, Hotel Campo dos Sonhos e consultores, como Edison Passafaro e Dadá Moreira.

Turismo - Uma Ferramenta de Inclusao


UNIVERSIDADE SEVERINO SOMBRA CURSO DE TURISMO TURISMO ACESSÍVEL - UMA FERRAMENTA DE INCLUSÃO
Luciana Oliveira Henriques

VASSOURAS 2009


UNIVERSIDADE SEVERINO SOMBRA CURSO DE TURISMO TURISMO ACESSÍVEL - UMA FERRAMENTA DE INCLUSÃO


Luciana Oliveira Henriques


Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado ao Curso de Turismo da Universidade Severino Sombra, para obtenção do grau de bacharel. Orientador: Prof. Márcio Nami VASSOURAS/RJ 2009

RESUMO: Abordar a questão das pessoas que tem algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida, e que, por causa de suas limitações e da falta de estrutura de pontos turísticos, hotéis, restaurantes, entre outros estabelecimentos ligados a área, acabam sendo excluídas da prática do turismo. O intuito deste artigo é analisar a valorização da atividade turística como um processo de inclusão social, a partir da percepção de que cidades adaptadas recebem muito mais turistas. De acordo com Vergara (2000), esta investigação se classifica quanto aos fins como exploratória e descritiva. Quanto aos meios, a pesquisa será bibliográfica, de campo e documental, já que foram realizadas em livros, leis e também em campo através de dois questionários semi-estruturados. Para a definição de acessibilidade, utiliza-se o conceito da Associação Brasileira de Normas Técnicas -ABNT. Paralelamente reflete sobre a temática da acessibilidade turística utilizando as definições ditadas por SASSAKI e SCHWARZ & HABER. Os resultados destacam que cidades adaptadas melhoram a qualidade de vida da população local, além de atrair maior número de turistas e, sendo a inclusão social conseqüência desse processo. Palavras Chave: Turismo, acessibilidade, inclusão.

ABSTRACT: Accost the question of the people who have some type of disability or reduced mobility, and that because of its limitations and the failure of the structure on touristic points, hotels, restaurants and other establishments related to the area, end up been excluded of the practice of the tourism. The purpose of this article is to analyze the valorization of the tourism activity as a process of social inclusion, from the perception that adapted cities receive much more tourists. According to VERGARA (2000), this research is classified as to the purposes as exploratory and descriptive. As for the means, the research will be bibliographic, field and documentary, as they will be made in books, laws, and also in the field by two semi- structured questionnaires. For the definition of accessibility, it’s used the concept of the Brazilian Association of Technical Standards - ABNT. At the same time reflects on the theme of accessibility tourist using the definitions dictated by SASSAKI and SCHWARZ & HABER. The results detach that adapted cities improve the quality of life of local people, beyond attract more number of tourists and, with the inclusion consequence of this process.

Key Words: Tourism, accessibility, inclusion.

1. INTRODUÇÃO
Este trabalho tem o intuito de investigar a questão da acessibilidade para pessoas que, por terem algum tipo de deficiência ou limitação física, acabam sendo excluídas do processo turístico. Desta forma, busca-se avaliar a acessibilidade como uma ferramenta de inclusão, sob a perspectiva de equiparação de oportunidades entre os indivíduos. Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, nas Normas Brasileiras - NBR, número 9050 (2004), acessível é o “espaço, edificação, mobiliário, equipamento urbano ou elemento que possa ser alcançado, acionado, utilizado e vivenciado 3 por qualquer pessoa, inclusive aquelas com mobilidade reduzida” Assim, acessibilidade é a “possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e elementos” (ABNT, 2004). Ao falar em acessibilidade no turismo, é necessário pensar na adequação de um ciclo de produtos e serviços, desde a oferta até o retorno do turista ao local de origem. Para receber bem esse turista, pontos de visitação turística, pousadas, hotéis, bancos, restaurantes, comércios, hospital, transporte, entre outros, deverão ser adaptados ou já serem construídos num desenho universal que é “aquele que visa atender à maior gama de variações possíveis das características antropométricas e sensoriais da população” (ABNT, 2004). “Por meio do desenho universal temos projetos e ambientes desenvolvidos de maneira que contemplem toda a diversidade humana” (SCHWARZ & HABER, p. 13, 2009). Segundo o MINISTÉRIO DO TURISMO (2006b), o acesso de todos à experiência turística depende de condições ideais, sustentáveis e inclusivas de modo a permiti-lo. “É o caminho para uma sociedade que reconhece que somos todos diferentes, porém ao mesmo tempo, iguais em direito” (SCHWARZ & HABER, p. 13, 2009). Segundo o MINISTÉRIO DO TURISMO (2006a, p.05) “o turismo, hoje, já é o quinto principal produto na geração de divisas em moeda estrangeira para o Brasil, disputando a quarta posição com a exportação de automóveis”. Isso faz com que ele seja valorizado como atividade econômica capaz de gerar riquezas e promover a distribuição de renda. Essa inclusão proposta pode “ser alcançada por duas vias: a da produção, por meio da criação de novos postos de trabalho, ocupação e renda, e a do consumo, com a absorção de novos turistas no mercado interno.” MINISTÉRIO DO TURISMO (2006a, p.11) A inclusão de pessoas deficientes na atividade turística, assim como em qualquer outra atividade, é uma missão de todos os gestores. Hoje o desenho universal deve ter espaço no projeto de qualquer empreendimento turístico ou não. Uma sociedade feita para todos, é uma sociedade mais justa, onde todos podem compartilhar momentos sem se sentirem excluídos por não conseguir entrar em algum ambiente. Por isso que a pesquisa, Turismo Acessível: Uma Ferramenta de inclusão foi elaborada. Para mostrar as pessoas o quão importante é pensar nesse assunto e o quanto se faz necessário aprender e praticar esses ideais. O presente artigo passou previamente por uma análise do Comitê de Ética e Pesquisa - CEP, da Universidade Severino Sombra - USS. Está fundamentado em pesquisas realizadas 4

na área de Turismo com foco principal na acessibilidade, por entender a necessidade da inclusão das pessoas que possuem algum tipo de deficiência na prática do turismo. Questionários foram realizados com gestores do turismo nas cidades de Vassouras/RJ e Socorro/SP. Portanto ficam as seguintes questões a serem esclarecidas: Será que é possível existir um destino completamente adaptado? Como planejar o turismo de uma forma não excludente? Como atender a essa demanda sem cometer distinções? E a cidade de Vassouras/RJ, está adaptada? Qual a diferença entre a cidade de Vassouras/RJ e a cidade de Socorro/SP, considerada a mais acessível do país?

2. TURISMO ACESSÍVEL: UMA FERRAMENTA DE INCLUSÃO

O turismo vem sendo valorizado cada vez mais como atividade econômica capaz de gerar riquezas e promover a distribuição de renda. Nesse cenário, é inegável o potencial brasileiro para essa atividade, pelo expressivo acervo de bens paisagísticos, naturais, culturais e sociais. Contudo, o País ainda não alcançou as condições ideais, sustentáveis e inclusivas de modo a permitir o acesso de todos à experiência turística. (MINISTÉRIO DO TURISMO, p. 03, 2006b) O turismo com enfoque social vem se desenvolvendo acentuadamente no mundo, de modo especial no que se refere ao acesso à experiência turística às pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida. (MINISTÉRIO DO TURISMO, p. 07, 2006b) No que concerne ao turismo em relação a esses grupos populacionais é que, atualmente, não existem condições de acessibilidade condizentes. Projetar a igualdade social pressupõe garantir a acessibilidade a todos, independentemente das diferenças, e entender a diversidade como regra e não com exceção. (MINISTÉRIO DO TURISMO, p. 07, 2006b) É direito de todo cidadão brasileiro ir e vir dentro do território nacional, bem como todo homem tem o direito de qualidade de vida. A pessoa com deficiência é um cidadão com direitos e deveres e representa um potencial para o turismo. É importante que elas possam desfrutar junto de suas famílias e amigos, de momentos de diversão e lazer, conhecendo novos lugares. 5

2.1. O BRASIL E A DEFICIÊNCIA As pessoas com deficiência devem ter asseguradas as mesmas oportunidades das demais, a mesma possibilidade de deslocar-se e de escolha de locais. São consumidores e esperam ser tratados com a mesma dignidade e respeito, tendo garantido seu acesso a edifícios, ao lazer, ao transporte, à informação e ao direito de viajar. CAMISÃO (apud Ministério do Turismo, 2006b) “No Brasil, o turismo para pessoas com deficiência ainda está aquém do que podemos chamar de acessível para esse grupo da população” (SCHWARZ & HABER, 2009). De acordo com o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2000) aproximadamente, 24,6 milhões de pessoas, ou 14,5% da população total, apresentaram algum tipo de incapacidade ou deficiência, das quais 19,8 milhões residiam em áreas urbanas e 4,8 milhões em áreas rurais. São pessoas com ao menos alguma dificuldade de enxergar, ouvir, locomover-se ou alguma deficiência física ou mental. Entre 16,6 milhões de pessoas com algum grau de deficiência visual, quase 150 mil se declararam cegos. Já entre os 5,7 milhões de brasileiros com algum grau de deficiência auditiva, um pouco menos de 170 mil se declararam surdos. Com a idade, a proporção de pessoas portadoras de deficiência aumenta, passando de 4,3% nas crianças até 14 anos, para 54% do total das pessoas com idade superior a 65 anos. A taxa de escolarização das crianças de 7 a 14 anos de idade, portadoras de deficiência é de 88,6%, portanto seis pontos percentuais abaixo da taxa de escolarização do total de crianças nesta faixa etária que é de 94,5%. Segundo o artigo 5° da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”. No Brasil, milhões de pessoas com deficiência não podem ter acesso aos logradouros turísticos e aos empregos disponíveis no setor, porque ainda existem, na grande maioria dos ambientes de lazer, recreação e turismo, muitas barreiras arquitetônicas, atitudinais, comunicacionais, metodológicas, instrumentais e programáticas. (SASSAKI, p. 101, 2005) Segundo CAMISÃO (apud Ministério do Turismo, 2006, p. 321) “a consciência da importância da acessibilidade, tem crescido de forma significativa na última década no Brasil, refletindo-se esse resultado na legislação, nas políticas públicas e nos costumes”. 6
“Através da promoção do turismo acessível para todos os brasileiros, o País pode impulsionar esse setor, gerando empregos e aquecendo a economia” (SCHWARZ & HABER 2009). 2.2. DEFINIÇÕES E TIPOS DE DEFICIÊNCIA De acordo com o decreto nº 3.298 de 20 de dezembro de 1999, Diário Oficial da União – DOU de 21 de dezembro de 1999, que foi alterado e atualizado pelo decreto nº 5.296 de 2 de dezembro de 2004, DOU de 3 de dezembro de 2004, as definições e tipos de deficiência são: I - pessoa com deficiência, além daquelas previstas na Lei nº 10.690, de 16 de junho de 2003, a que possui limitação ou incapacidade para o desempenho de atividade e se enquadra nas seguintes categorias: a) deficiência física: alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções; b) deficiência auditiva: perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz; c) deficiência visual: cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais o somatório da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60º; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores; d) deficiência mental: funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como: comunicação; cuidado pessoal; habilidades sociais; utilização dos recursos da comunidade; saúde e segurança; habilidades acadêmicas; lazer; e trabalho; e) deficiência múltipla: associação de duas ou mais deficiências; e 7

II - pessoa com mobilidade reduzida, aquela que, não se enquadrando no conceito de pessoa portadora de deficiência, tenha, por qualquer motivo, dificuldade de movimentar-se, permanente ou temporariamente, gerando redução efetiva da mobilidade, flexibilidade, coordenação motora e percepção. 2.3. DEFICIÊNCIA E INCLUSÃO – UMA BREVE ABORDAGEM Segundo a Cooperativa de Vida Independente de Estocolmo, STILL, (In. SASSAKI, 2005, p.28) “uma das razões pelas quais as pessoas deficientes estão expostas à discriminação é que os diferentes são freqüentemente declarados doentes”. Por vários séculos, as pessoas com deficiência foram submetidas à exclusão social “Antigamente elas eram consideradas inválidas, sem utilidade para a sociedade e incapazes para trabalhar.” SASSAKI (2005, p.30). “Muitas vezes, o fator limitante não está nas deficiências, e, sim, nas condições desfavoráveis encontradas no meio edificado” CAMISÃO (apud Ministério do Turismo, 2006, p. 337). Ainda segundo CAMISÃO: “O meio pode aumentar o impedimento gerado por uma deficiência ou torná-la quase sem importância em determinado contexto.” Segundo SASSAKI (p.70, 2005), foi por volta de 1950 que começaram a ser incluídas pessoas deficientes no mercado de trabalho competitivo. Ainda segundo SASSAKI (2005, p. 31), foi mais ou menos a partir do final da década de 60 que o movimento de integração social começou a inserir as pessoas com deficiência nos sistemas sociais gerais como a educação, o trabalho, a família e o lazer. Porém “teve maior impulso a partir da década de 80, com o surgimento da luta pelos direitos das pessoas com deficiência” (SASSAKI, p. 33, 2005). O movimento de inclusão social começou incipientemente na segunda metade dos anos 80s nos países mais desenvolvidos, tomou impulso na década de 90 também em países em desenvolvimento e está se desenvolvendo fortemente nos primeiros 10 anos do século 21 envolvendo todos os países. (SASSAKI, p.17, 2005) Segundo SASSAKI (p.51, 2005), é fundamental para o processo de inclusão que a pessoas tenham um estilo de vida independente, pois assim terão maior participação de qualidade na sociedade. “Prever acessibilidade nos projetos de qualquer cidade significa garantir o direito de ir e vir de todos os cidadãos sem nenhuma distinção” (ALERJ, p. 06, 2005). 8

Ao longo das décadas de 1980 e 1990 vimos a idéia de eliminação de barreiras arquitetônicas para atender as pessoas com deficiência tomar um sentido mais amplo, e absorvida então na concepção de um ‘desenho universal’, passou a somar- se a outros aspectos essenciais do direito urbano e das políticas de inclusão social. Segundo CAMISÃO (apud Ministério do Turismo, 2006, p. 321) MOLINA (p. 45, 2005) define planejamento como “um processo racional, sistemático e flexível, cuja finalidade é garantir o acesso a uma situação determinada, à qual não se poderia chegar sem ele” e como planejamento turístico como “um processo racional cujo objetivo maior consiste em assegurar o crescimento e o desenvolvimento turístico”. Cabe, portanto, à sociedade eliminar todas as barreiras arquitetônicas, programáticas, metodológicas, instrumentais, comunicacionais e atitudinais para que as pessoas com necessidades especiais possam ter acesso aos serviços, lugares, informações e bens necessários ao seu desenvolvimento pessoal, social, educacional e profissional. (SASSAKI, p. 45, 2005) Segundo SASSAKI (p. 144, 2005) “O movimento pela eliminação de barreiras arquitetônicas surgiu no início da década de 60”, e ele continua: O discurso deste movimento sempre defendeu a tese de que os ambientes adaptados são úteis não só para as pessoas com deficiência mas também para as pessoas obesas, de baixa estatura, idosas e aquelas que estivessem temporariamente impossibilitadas de deambular. (SASSAKI, p. 145, 2005) “Para muitos, essa concepção de um Desenho Universal que atenda à ampla gama de habilidades da população constitui-se numa utopia” (ALERJ, p. 07, 2005). Os produtos e ambientes feitos com desenho acessível sinalizam que eles são destinados exclusiva ou preferencialmente para pessoas com deficiência, pois suas aparências lembram algo médico, institucional ou, em todo caso, especial. Nesse sentido, eles são estigmatizantes apesar de bem vindos. (SASSAKI, p. 146, 2005) “O desenho universal é mais vantajoso que o desenho acessível porque atende a várias necessidades de um maior número de pessoas” (SASSAKI, p. 146, 2005). Segundo (SHWARZ & HABER, p. 300, 2009) “o desenho universal não surgiu da cabeça de um único homem, mas consta que o termo Universal Design foi usado primeiramente em 1985, pelo arquiteto americano Ronald Mace”. Segundo SASSAKI (p. 147, 2005), “os produtos e ambientes feitos com desenho universal ou inclusivo não parecem ser especialmente destinados a pessoas com deficiência.” “A legislação brasileira que regulamenta os direitos das pessoas com deficiência é apontada como uma das mais avançadas do mundo” (SCHWARZ & HABER, p. 314, 2009) 9 “A deficiência não significa doença. O meio pode aumentar o impedimento gerado por uma deficiência ou torná-la quase sem importância em determinado contexto.” CAMISÃO (apud Ministério do Turismo, 2006). “Agora, no movimento de inclusão social, espera-se e luta-se por uma sociedade que, tendo entendido o direito das pessoas diferentes e o valor da diversidade humana, se modifique para aceitá-los junto à população geral” (SASSAKI, p. 118, 2005). 2.3. O TURISMO E A ACESSIBILIDADE A sociedade, em todas as culturas, atravessou diversas fases no que se refere às práticas sociais. Ela começou praticando a exclusão social de pessoas que – por causa das condições atípicas – não lhe pareciam pertencer à maioria da população. Em seguida, desenvolveu o atendimento segregado dentro de instituições, passou para a prática da integração social e recentemente adotou a filosofia da inclusão social para modificar os sistemas sociais gerais. (SASSAKI, p. 16, 2005) “Mais ou menos entre as décadas de 50 e 60, alguns hospitais e centros de reabilitação física começaram a oferecer programas de lazer e recreação para seus pacientes” (SASSAKI, p. 105, 2005). Ainda segundo SASSAKI “Era uma coisa muito informal, intermitente, interna (dentro da instituição) e, principalmente, fechada – somente para os pacientes”. Segundo SASSAKI (p. 100, 2005) foi somente na década de 70, em países desenvolvidos, que começaram a serem organizadas excursões turísticas para pessoas com deficiência física, inicialmente para as que usavam cadeira de rodas. “A prática de se organizar viagens com grupos formados exclusivamente por pessoas com deficiência é coisa do passado, quando a idéia era a de levar as pessoas com deficiência (capazes de fazer viagens) aos poucos locais acessíveis já existentes, com um mínimo de trabalho e custo” (SASSAKI, p. 103, 2005). O turismo, numa sociedade que se diz defensora da equiparação de oportunidades para todos, precisa ser adequado às necessidades especiais de um expressivo número de pessoas com deficiência a fim de que todos possam curtir a vida como turistas de vez em quando e/ou que alguns possam ser funcionários em atividades turísticas. (SASSAKI, p. 101, 2005) “A acessibilidade é hoje considerada um quesito a mais na qualidade que atende às necessidades de segurança e conforto das pessoas em geral” CAMISÃO (apud Ministério do Turismo, 2006, p. 321). “Priorizam-se hoje as atividades que juntem pessoas com 10 deficiência e pessoas sem deficiência no mesmo espaço de lazer e turismo” (SASSAKI, p. 14, 2003) “A consciência da importância da acessibilidade, tem crescido de forma significativa na última década no Brasil, refletindo-se esse resultado na legislação, nas políticas públicas e nos costumes” CAMISÃO (apud Ministério do Turismo, 2006). Segundo SASSAKI (2005), é importante preparar as crianças para um novo tipo de sociedade que está surgindo: a sociedade inclusiva. Através do PNT 2007/2010, o governo federal espera cumprir uma função mais social, tornando-o assim em instrumento de planejamento e gestão que colocará o turismo como indutor do desenvolvimento e da geração de emprego e renda no País: Chegou a vez do turismo de inclusão. Uma inclusão na mais ampla acepção da palavra: inclusão de novos clientes para o turismo interno, inclusão de novos destinos, inclusão de novos segmentos de turistas, inclusão de mais turistas estrangeiros, inclusão de mais divisas para o Brasil, inclusão de novos investimentos, inclusão de novas oportunidades de qualificação profissional, inclusão de novos postos de trabalho para o brasileiro. Inclusão para reduzir as desigualdades regionais e para fazer do Brasil um país de todos. (PNT 2007/2010, p. 08) “Falta conscientização de gestores, de políticos, de arquitetos, urbanistas, engenheiros e de desenhistas industriais sobre a importância de se planejar sem barreiras. Falta contato da população com as questões relativas à diversidade e à deficiência” (ALERJ, p. 07, 2005). 2.4. RESULTADOS DA ACESSIBILIDADE NA CIDADE DE SOCORRO/SP O quadro “Tô de Folga” do Jornal Hoje, exibido no dia 15 de maio de 2009, foi um especial sobre a cidade de Socorro/SP, onde apresentava a cidade “como sendo modelo para turistas portadores de deficiência”. Abaixo foi reproduzido alguns trechos da matéria: Socorro é uma estância hidromineral que fica no circuito das águas paulista. A cidade é um dos principais pólos de turismo de aventura do país. O primeiro do roteiro a ser adaptado para receber deficientes. A cidade começou a se preparar há dois anos para receber, com qualidade, turistas com qualquer tipo de deficiência. Além dos equipamentos e transportes acessíveis a todos, os profissionais passaram por treinamento. Pelo centro histórico, os pontos turísticos são interligados por um piso tátil que orienta os cegos e até os semáforos são adaptados. Muitos obstáculos para cadeirantes foram removidos. Há rampas nas esquinas e praças. Até os brinquedos não restringem mais ninguém. 11 Entre bares, lanchonetes e restaurantes são 50 estabelecimentos adaptados. Além dos cardápios em braile, toda a estrutura foi reformada para facilitar o acesso dos deficientes físicos. (Jornal Hoje dia 15/05/09) Uma notícia no site do Ministério do Turismo do dia 16/08/2007, mostra como tudo começou na cidade: O Ministério do Turismo investiu R$ 418 mil na implantação do projeto Aventureiros Especiais. Uma iniciativa que tem por objetivo incluir e permitir que pessoas com qualquer tipo de deficiência visual, auditiva, amputados, paraplégicos e tetraplégicos possam praticar esportes radicais como o rafting, tirolesa, bóia cross, aquaride e cascading. O projeto, dirigido pela organização não governamental Aventura Especial, foi implantado a partir de 2005 no município de Socorro, no interior de São Paulo, a 132 quilômetros da capital, numa região que reúne as condições para a prática do turismo de aventura. O presidente da Aventura Especial, Dadá Moreira, conta que o projeto de inclusão de pessoas com deficiência no turismo de aventura permite o que antes era impensável: a prática de esportes radicais. Como o projeto tem dado bons resultados, permitindo a inclusão de um novo público, a infra-estrutura local passou a ser adaptada para receber novos esportistas com deficiência. Socorro será a primeira cidade totalmente adaptada do Brasil. A rede hoteleira está se adaptando e todos os lugares terão acessibilidade. De roteiro turístico, o projeto Aventureiros Especiais contribuiu para a cidade se tornar um destino turístico adaptado que atrai cada vez mais pessoas com deficiência, conta Dadá Moreira. Para o MTur, o tema da acessibilidade é transversal, ou seja, atende diversos segmentos, como o cultural ou o de ecoturismo. É importante que os equipamentos turísticos estejam preparados para o atendimento correto desse público. O projeto Aventureiros Especiais é muito importante para o MTur porque tem nos permitido aprender e, ao mesmo tempo, ganhar especialização no atendimento de pessoas com deficiência. E isso esperamos multiplicar para os demais destinos turísticos do Brasil, afirma Jurema Monteiro, coordenadora de Segmentação do MTur. (Ministério do Turismo, 16/08/2007) Uma notícia mais recente do Ministério do Turismo sobre a cidade de Socorro foi publicada no dia 22/09/2009. Com titulo “Turismo para Todos” e subtítulo “Destinos turísticos adaptados a pessoas com deficiência podem consolidar nicho de mercado rentável”, a reportagem mostra resultados mais recentes sobre a experiência, assim como a preocupação de mostrar essa forma de turismo como rentável: Tirolesa, mergulho e surfe são atividades que podem ser praticadas por qualquer pessoa, desde que sejam observados os devidos cuidados e procedimentos de segurança. É o que mostra Edison Passafaro, cadeirante desde 1980 e coordenador do Comitê de Acessibilidade da Brazilian Adventure Society. Mergulhador há vinte anos, ele pratica vários esportes. Na semana do Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, o coordenador lembra aos empresários do turismo que acessibilidade hoje é garantida por lei Federal. “Não é apenas uma questão de boa vontade. Pela legislação atual, para ter alvará de funcionamento um estabelecimento precisa ser um ambiente acessível”. Passafaro se refere à Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. 12 Edson diz, ainda, que os empresários brasileiros podem transformar a obrigação jurídica num grande nicho de mercado. Segundo o Censo 2000, do IBGE, existem no Brasil 24,6 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência ou incapacidade, o que representa 14,5% da população brasileira. Para o coordenador, “o empresário inteligente é aquele que entende que não terá custos para adaptar o local, mas, na verdade, irá investir para absorver um mercado com milhares de pessoas que podem consumir e praticar atividades de turismo de aventura, de lazer ou de ecoturismo. A Estância Hidromineral de Socorro, em São Paulo, é destino referência no segmento. Desenvolvido em parceria com o Ministério do Turismo (MTur), o projeto Socorro Acessível está adequando acessos e atividades da cidade, bem como a rede hoteleira e os estabelecimentos comerciais. Em maio deste ano, o município foi declarado oficialmente como destino-modelo em Aventura Especial no Brasil. De 2006 a 2008, o projeto “Socorro Acessível” aplicou, no município, R$ 1,73 milhão em obras de infraestrutura turística, cursos de qualificação profissional para o atendimento a turistas portadores de deficiências físicas e/ou motoras, além de adaptações em passeios, equipamentos e edificações públicas, de acordo com a norma brasileira de acessibilidade nº 9050/2004 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Para a Coordenadora Geral de Segmentação do MTur, Sáskia Lima, a cidade paulista deve servir de exemplo para o País. “Socorro não é apenas um destino preparado para receber pessoas com deficiência. As adaptações realizadas no município, por seus gestores públicos e empresários, torna a cidade um destino acessível para pessoas de todas as idades e necessidades, quer sejam idosos ou crianças”, afirma. (Ministério do Turismo, 22/09/09) A ONG Aventura Especial começou com a experiência de uma pessoa com deficiência que descobriu nos esportes de aventura e o ecoturismo uma forma de reabilitação. A sua missão é “trabalhar em prol da inclusão das pessoas com deficiência em atividades de ecoturismo e esportes de aventura, propiciando reabilitação física e psicológica através de uma nova forma de relacionamento com a natureza e o meio ambiente”. (ONG AVENTURA ESPECIAL). Para maiores informações: www.aventuraespecial.org.br. Sobre a cidade de Socorro, o site da ONG passa as seguintes informações: A cidade oferece modalidades que podem ser praticadas em terra, água e ar. Para os que não curtem os esportes praticados na natureza, Socorro é recortada por rios, cachoeiras, montanhas, vales, matas, trilhas, grutas e parques preservados que possibilitam ao visitante apreciar um visual incrível, respirar ar puro ou simplesmente renovar suas energias. Nas redondezas da cidade é possível passear pelas antigas fazendas e conhecer desde o plantio do café, passando pela colheita, secagem, moagem e depois, se deliciando no final da tarde com um saboroso café caipira (ONG AVENTURA ESPECIAL). Já no site da Prefeitura Municipal da cidade de Socorro/SP, as notícias sobre o projeto Socorro Acessível são: O Município de Socorro recebeu a missão de tornar-se o primeiro destino turístico adaptado aos portadores de deficiência. Para tal, se faz necessário à criação de um plano que atenda as reais necessidades para esse público. Portanto, hotéis, pousadas, restaurantes, bancos, comércios, pontos de visitação turísticas, operadoras. Correio, farmácia, supermercado, hospital, transporte, entre outros, deverão adaptar-se a essa realidade. 13
Para que possamos receber pessoas com deficiência, possibilitando um turismo digno e salutar, é preciso o envolvimento de toda a sociedade. Apesar do trabalho até aqui desenvolvido ter sido gratificante, a legislação sobre o assunto já existe e exige adaptações, portanto o que nos cabe é promovê-las para que possamos estar enquadrados e podermos apresentar mais qualidade em nossos serviços. Vamos juntos adaptar Socorro, para que sejamos referência de turismo no Brasil”. (http://www.estanciadesocorro.com.br/socorro_acessivel/, retirado em 28/09/2009) Um questionário foi enviado a Coordenadora de Acessibilidade da Prefeitura Municipal da Estância de Socorro – SP, Juliana Chehouan, onde foram realizadas perguntas sobre como foi o processo de adaptação da cidade e suas experiências. Em resposta, ela diz que tudo começou com o projeto Aventureiros Especiais, da Organização Não Governamental - ONG Aventura Especial, que adaptou os roteiros de aventura da cidade. Foi então que surgiu a necessidade de adaptação da própria cidade para receber pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida que passaram a visitar a cidade. Assim o Ministério do Turismo escolheu Socorro para ser cidade referência em Turismo de Aventura e Acessibilidade, iniciando-se assim, o projeto Socorro Acessível. A prefeitura local juntamente com o Ministério do Turismo liberaram recursos para obras de infra-estrutura. Também foi necessária a realização de cursos de capacitação para as pessoas que trabalham com turismo para que possam atender melhor os turistas. Quando lhe foi perguntado sobre a importância da população local para o processo, ela responde que considera um passo importante a conscientização para que não haja resistência e também para que saiba como tratar, receber e respeitar esse turista. Também foi criada uma Lei Municipal para ajudar na fiscalização dos estabelecimentos que ainda não aderiram ao projeto. Questionada sobre a parceria entre o público e o privado, ela respondeu: “Essa parceria é importante, pois o poder público não tem contato direto com o turista, enquanto o privado tem. Com isso a cidade ganha com o melhor atendimento ao turista”. Sobre o fluxo de turistas, foi constatado um acréscimo em torno de 20% tanto turistas com alguma deficiência ou mobilidade reduzida como os acompanhantes destes

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Já foi possível perceber que o tema acessibilidade é muito amplo e que nos últimos anos, a preocupação em incluir pessoas com algum tipo de deficiência nas atividades 14

comuns do dia a dia aumentou. Porém constatou-se uma nova demanda que até o momento ainda não foi muito explorada e está aberta a novidades. Pensar na acessibilidade é pensar também em gestantes, idosos, pessoas com mobilidade reduzida, entre outros, não apenas em pessoas com deficiência. “É essencial que os organizadores de atividades de lazer e turismo tenham em mente a filosofia da inclusão social, defendida pelos movimentos de direitos e de vida independente das pessoas com deficiência” (SASSAKI, p. 19, 2003) Nesse sentido é importante pensar nas atividades integradas, que são aquelas em que pessoas com deficiência conseguem participar de atividades não-adaptadas e de atividades inclusivas, que são aquelas adaptadas para receber qualquer tipo de pessoa. “Tais atividades em si não terão nenhum valor, por melhor que sejam organizadas, se não houver em todos os momentos uma atmosfera de respeito” (SASSAKI, p. 19, 2003) Com base nas informações obtidas nos questionários, pode-se concluir que a cidade de Socorro/SP, hoje é considerada uma das mais adaptadas para receber turistas com algum tipo de deficiência ou com mobilidade reduzida. Para isso, ela passou por um processo de conscientização e planejamento, que teve participação tanto pública quanto privada, onde a população local foi teve um importante papel, já que é necessário o apoio popular para esse tipo de projeto. A cidade de Vassouras/RJ no momento, não está adaptada. Seus habitantes encontram muitas dificuldades para realizar suas tarefas diárias. Barreiras arquitetônicas, buracos nas calçadas, além de degraus, fazem do dia a dia dessas pessoas um transtorno. Também é preciso pensar em bares, restaurantes, hotéis, transporte público municipal e interurbano, para começar a se planejar um turismo acessível. Alguns hotéis, bares, bancos e empresas de transporte público já começaram a se adaptar por conta própria. No momento não existe nenhum projeto ou política pública municipal nesse âmbito. “O conhecimento do grau de acessibilidade dos pontos turísticos e estabelecimentos pode ajudar a indústria turística local a determinar que atitudes adotar para facilitar a visita de pessoas com deficiência” CAMISÃO (apud Ministério do Turismo, 2006). O centro histórico vassourense, que abriga casarões tombados pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional Patrimônio - IPHAN, e tem o relevo em declive, encontra certa dificuldade para passar por essa adaptação. CAMISÃO (apud Ministério do Turismo, 2006, p. 325) fala sobre a acessibilidade em áreas tombadas. Para ela “Os edifícios 15
preservados pelo patrimônio histórico devem buscar atender aos quesitos de acessibilidade, sempre em parceria com a instituição oficial responsável pela preservação do patrimônio histórico local.” Portanto não é porque a cidade possui algumas áreas tombadas pelo IPHAN que não é possível se ter um projeto de acessibilidade local. É necessário o envolvimento do poder público e do privado, para que se possa chegar a um resultado parecido com o da cidade de Socorro/SP, que é uma das mais acessíveis do país. Ao ser perguntado ao secretário de Esportes e Turismo, da cidade de Vassouras/RJ se ele considerava que com a adaptação, a cidade receberia um maior número de turistas, sua resposta foi: “Hoje é preciso pensar os empreendimento de forma geral, neste sentido observa-se as necessidades e características que são demandas pelos clientes. Então, com a adaptação dos produtos e serviços oferecidos, com toda certeza ganha o visitante , o morador, a cidade e os empresários envolvidos com o negócio turismo.” Sobre a questão de considerar a cidade adaptada para receber todos os tipos de turistas sua resposta foi: “Infelizmente não estamos preparados para receber todo tipo de turista, considerando as questões de acessibilidade, que precisamos trabalhar muito. Em alguns de nossos hotéis os empresários já estão atentos a necessidade de promover adaptações em suas estruturas a fim de atender as demandas neste sentido. O Prefeito tem demonstrado preocupações quanto as questões de acessibilidade, que para nossa cidade que tem como característica uma arquitetura do século XVII, casarões imensos com escadarias lindíssima... Mas que criam essa dificuldade para o turista.” Com base nas informações obtidas nessa pesquisa, é possível concluir que: não existe um destino completamente adaptado, mas sim destinos que perceberam a necessidade de se tornar um destino para todos e com isso, conseguiu se modificar para atender o melhor possível todos, sem distinção. Para uma cidade se adaptar é necessário a parceria entre o poder público e privado, a participação da população local, além de um planejamento que atenda as necessidades básicas desse público. Existe uma demanda que até o momento encontra dificuldades de praticar o turismo, mas que não encontra muitas opções. 16

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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