segunda-feira, 22 de março de 2010

Aventura Especial é tema de concurso

Ver original http://www.cursoaprovacao.com.br/pesquisa/provas/UEL/Prova_05/prova_assessor_administrativo.pdf

Leia o texto a seguir e responda às questões 26 a 30.




Aventura sem limites

Agências de ecoturismo e esportes radicais querem ampliar mercado com deficientes físicos
Dadá Moreira, de 38 anos, sempre foi fanático por esportes. Quando tinha 30, porém, começou a sentir que sua condição física não era mais a mesma. Foi perdendo o equilíbrio, a coordenação motora e a fala ficaram prejudicadas. O fotógrafo descobriu que tinha ataxia espinocerebelar, uma doença genética degenerativa. Depois de quatro anos de prostração, tomou uma atitude radical: decidiu fazer rafting. Deu tão certo que, das corredeiras, partiu para o alto: experimentou pára-quedismo e, em seguida, escalada. Não parou mais. Hoje é um dos principais divulgadores do turismo de aventura para deficientes físicos no Brasil. Em parceria com outros colegas, montou a ONG Aventura Especial, que dá dicas sobre lugares adaptados para receber pessoas que precisam de atenção diferenciada.
Moreira descobriu que para atender a esse mercado não é preciso muito – só um pouco de boa vontade. Para assimilar os novos atletas, as modalidades radicais sofrem pequenas adaptações: roldanas para içar o praticante de rapel, companhia de instrutor durante caminhadas e nos saltos de pára-quedas, assento especial no meio da bóia no rafting. “Cada tipo de problema exige um ajuste diferente. Mexe-se pouco nos instrumentos. É mais a ajuda humana que se faz necessária”, explica Moreira. Além disso, hotéis e pousadas precisam passar por pequenas reformas. Degraus e portas estreitas nos quartos e banheiros ainda são obstáculos. A artista plástica Adriana Braum, paraplégica, foi convidada para trabalhar na agência Freeway. Ela percorre o Brasil assessorando hotéis e guias turísticos. Com Adriana, viaja o estudante Herbert Jones, de 24 anos, tetraplégico. O trabalho começou em abril, na Praia de Itacaré, Bahia. Paralelamente, Adriana prepara o primeiro guia turístico brasileiro para deficientes físicos, ainda sem previsão de lançamento. O dono da agência, Edgar Werblowsky, está confiante no potencial do mercado: segundo o IBGE, há no Brasil cerca de 24 milhões de deficientes físicos. “Não há dados sobre o perfil socioeconômico dessas pessoas nem estudos comportamentais, mas eu me arrisquei por acreditar que elas só não viajam porque ninguém apostou nelas ainda”, explica. “Se uma em cada dez pessoas que eu levar em uma viagem for deficiente, estou no lucro.”
Depois de se tornar adepto do turismo de aventura, Dadá Moreira teve uma melhora tão radical quanto os esportes que pratica. “Meu problema não tem cura, mas hoje tenho mais equilíbrio e falo com mais facilidade.” (RUBIN, Débora. Aventura sem limites. Época, Rio de Janeiro, p.66, maio 2004).

26- Assinale a alternativa correta sobre Dadá Moreira:

a) Criou, juntamente com Herbert Jones e Edgar Werblowsky, uma organização não-governamental que alerta os lugares turísticos para o descaso na recepção a deficientes físicos.
b) É um atleta que nunca se deixou abater pelo mal que o acometeu, apesar de demonstrar consciência a respeito do ritmo progressivo da doença contra a qual a prática de esportes pode muito pouco.
c) É um fotógrafo que descobriu, há menos de dez anos, uma doença degenerativa que afetou o equilíbrio e a fala, problemas que foram eliminados com a prática de esportes radicais.
d) Luta, sem dispor de uma iniciativa semelhante, para que outros deficientes físicos possam se engajar na prática de esportes radicais, a partir de orientações sobre locais com atenção diferenciada para este grupo de praticantes.
e) Mesmo após a descoberta da doença, praticou vários esportes radicais, para os quais o auxílio de acompanhantes é apontado como uma medida importante, e já teve progressos no equilíbrio e na fala.
27- Sobre os negócios envolvendo ecoturismo, esportes radicais e deficientes físicos, considere as afirmativas a seguir.
I. A iniciativa não prescinde de deficientes físicos no trabalho de assessoria a hotéis, o que revela cuidado e disposição para enfrentar os obstáculos experimentados pelo público-alvo.
II. As expectativas deste novo filão do mercado turístico envolvem a inclusão de mais de dez milhões de
deficientes físicos que até hoje se negam a viajar.
III. O risco da agência citada é minimizado porque a lucratividade do investimento não depende apenas dos
deficientes físicos, embora dez por cento deste grupo seja a meta desejada em cada viagem.
IV. Os investimentos baseiam-se em estatísticas do IBGE que revelam que os deficientes físicos não viajam
porque os hotéis carecem de instalações apropriadas.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e III.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.
28- Observe a frase: “Depois de quatro anos de prostração, tomou uma atitude radical: decidiu fazer rafting.”
Através de mudanças na colocação de expressões na frase, é possível chegar a outras estruturas que
estejam de acordo com as normas de pontuação. Com base na frase, considere as afirmativas a seguir.
I. Decidiu fazer rafting: depois de quatro anos de prostração; uma atitude radical.
II. Depois de quatro anos de prostração, decidiu fazer rafting: uma atitude radical.
III. Tomou uma atitude radical, decidiu fazer rafting: depois de quatro anos de prostração.
IV. Tomou uma atitude radical: depois de quatro anos de prostração, decidiu fazer rafting.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.
b) II e IV.
c) III e IV.
d) I, III e IV
e) II, III e IV.
29- Observe as frases: I. “Quando tinha 30, porém, começou a sentir que sua condição física não era mais a mesma.”; II. “O fotógrafo descobriu que tinha ataxia espinocerebelar[...]”; III. “Em parceria com outros
colegas, montou a ONG Aventura Especial, que dá dicas sobre lugares adaptados[...]”; IV. “Depois de se
tornar adepto do turismo de aventura, Dadá Moreira teve uma melhora tão radical quanto os esportes que
pratica”. Assinale a alternativa correta quanto aos termos sublinhados.
a) Em todas as frases, os termos sublinhados são conjunções.
b) Em todas as frases, os termos sublinhados são pronomes: na primeira, o pronome substitui “Dadá Moreira”; na segunda, o pronome substitui “fotógrafo”; na terceira, o pronome substitui “Dadá Moreira”; na quarta, o pronome substitui “esportes”.
c) Nas duas primeiras frases, os termos sublinhados são conjunções. Nas duas últimas, os termos sublinhados são pronomes: na terceira, o pronome substitui “a ONG Aventura Especial”; na quarta, o pronome substitui “Dadá Moreira”.
d) Nas duas primeiras frases, os termos sublinhados são conjunções. Nas duas últimas, os termos sublinhados são pronomes: na terceira, o pronome substitui “a ONG Aventura Especial”; na quarta, o pronome substitui “os esportes”.
e) Nas duas primeiras frases, os termos sublinhados são pronomes: na primeira, o pronome substitui “Dadá
Moreira”; na segunda, o pronome substitui “fotógrafo”. Nas duas últimas, os termos sublinhados são conjunções.
30- Observe os termos sublinhados nas frases: I. “Degraus e portas estreitas nos quartos e banheiros ainda são obstáculos.”; II. “Hoje é um dos principais divulgadores do turismo de aventura para deficientes físicos no Brasil.”. Assinale a alternativa correta quanto aos respectivos sinônimos dos termos sublinhados.
a) Barreiras – propagadores.
b) Embaraços – detratores.
c) Empecilhos – usurpadores.
d) Entraves – precursores.
e) Trunfos – difusores.

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