segunda-feira, 22 de março de 2010

Cadeirante pratica rafting, escalada, rapel, trekking e pára-quedismo

Ver original http://www.rollingrains.com/2007/07/by-verena.html
Rolling Rains Report

Precipitating Dialogue on Travel, Disability, and Universal DesignPor VERENA FORNETTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
"Já fiz de tudo, menos bungee jump", diz Dadá Moreira, 41, portador de ataxia, deficiência física que afeta a coordenação muscular.
Ele já fez rafting, rapel, pára-quedismo e trekking e tem uma parede de escalada no corredor do seu apartamento.
Moreira fundou a ONG Aventura Especial para incentivar outros portadores de necessidades especiais a praticar esportes de aventura.
O para-quedismo é citado por ele como a modalidade mais emocionante que já experimentou. "Dá uma sensação de liberdade. Quando você tem uma deficiência e não pode mais correr, sentir o vento no rosto é muito bom", lembra.
Dadá começou a praticar esportes radicais aos 35 anos. "Na minha cabeça, eu não tinha nenhuma limitação." Durante um ano, se preparou para melhorar o condicionamento físico. Na primeira vez que pedalou uma bicicleta ergométrica, fez 15 segundos de exercício e despencou, exausto. Hoje, tem técnicas próprias para os esportes que pratica. As dicas estão no site da Aventura Especial (www.aventuraespecial.com.br).
Acesso para todos
Em parceria com o Ministério do Turismo, Dadá investiga maneiras de adaptar os esportes de aventura de forma que eles possam ser praticados por deficientes e tenta formalizar as mudanças necessárias.
O trabalho começou em 2003. A equipe faz viagens com outros deficientes físicos para identificar quais são os problemas de acessibilidade.
"As maiores adaptações que vejo não são na atividade, mas principalmente na infra-estrutura", afirma.
Segundo Moreira, não é possível definir um padrão de procedimento a ser seguido para tornar uma prática adaptada a portadores de limitação de mobilidade. Cada atividade deve ser ajustada às necessidades da pessoa que deseja praticá-la. Porém, segundo ele, muitos esportes não precisam de adaptação específica. "No caso do pára-quedismo, o instrutor que salta junto tem que ser forte o suficiente para segurar o outro." (VF)

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